Episodios

  • A Rainha Vitória e Portugal (com a escritora Isabel Machado)
    Jul 17 2024

    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram a escritora Isabel Machado para uma conversa sobre a Rainha Vitória do Reino Unido e, em particular, sobre a sua relação com Portugal. Alexandrina Vitória de Saxe Coburgo e Hanover nasceu em 1819. Era filha do duque de Kent, o quarto filho do rei Jorge III. À partida, não estava destinada a reinar, mas a morte sem sucessores de seus tios Jorge IV, Frederico, duque de York, e Guilherme IV, fizeram-na herdar o trono em 1837. Vitória reinou durante 63 anos, um longo reinado apenas ultrapassado por sua bisneta, Isabel II. Ao contrário da ideia feita, e do que a expressão “moral vitoriana” deixaria supor,
    Vitória foi uma mulher apaixonada, caprichosa e imatura. Também foi preocupada e leal à família, sobretudo aos Saxe Coburgo. Entre estes, estavam os seus “primos portugueses”, de quem muito gostava, sobretudo de D. Maria II e D. Pedro V. Durante a conversa, Isabel Machado, autora do romance “Vitória de Inglaterra, a Rainha que amou e ameaçou Portugal”, revela mais sobre a vida e personalidade desta Rainha marcante, e sobre a sua ligação a Portugal, desde a amizade com D. Maria II ao Ultimato britânico de 1890.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

    Más Menos
    49 m
  • A prisão do Tarrafal (com o fotógrafo João Pina)
    Jul 10 2024

    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram o fotojornalista João Pina, autor do livro “Tarrafal”, para conversar sobre a tristemente célebre prisão do Tarrafal. Esta foi inaugurada em outubro 1936 por 157 presos políticos, a maioria com ligações à greve geral de 1934 e ao PCP ou, então, à “revolta de marinheiros” de setembro de 1936. Recebeu então o nome oficial de “Colónia Penal de Cabo Verde”.
    Encerrada em 1954, em parte por pressão da comunidade internacional, a prisão do Tarrafal reabriu em 1961, então como “Campo de Trabalho do Chão Bom”. Entre 1961 e 1974, estiveram presos no Tarrafal vários líderes dos movimentos independentistas africanos. Como era o quotidiano no Tarrafal? Quais os castigos, o trabalho, e a relação entre guardas e prisioneiros? Em que medida contribuiu, embora involuntariamente, para a reorganização do PCP? E que testemunhos de homens privados da liberdade por motivos políticos chegaram até hoje?

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

    Más Menos
    57 m
  • Maximiliano de Habsburgo, o príncipe austríaco que foi imperador do México
    Jul 3 2024

    Maximiliano nasceu em Viena e era irmão de Francisco José I, imperador de Austria entre 1848 e 1916. De ideais liberais, foi vice rei da Lombardia e, mais tarde, um acordo entre a França de Napoleão III, Espanha e Reino Unido, colocou-o no trono imperial do México. O novo imperador nunca foi aceite por parte dos mexicanos. Também não foi reconhecido pelos Estados Unidos que, então, estavam em guerra civil. Em 1866, as tropas francesas que garantiam o trono de Maximiliano abandonaram o México. O imperador recusou-se a fazer o mesmo e decidiu ficar. Resistiu aos seus opositores até 1867, quando foi capturado e fuzilado junto com os poucos que lhe permaneceram fiéis. Quais os contornos desta História improvável de um príncipe austríaco posto no trono imperial do México por vontade de França, Espanha e Reino Unido?

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

    Más Menos
    52 m
  • A vida e obra de Luís Vaz de Camões
    Jun 26 2024

    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram Carlos Maria Bobone, crítico literário e autor do livro recentemente publicado “Camões, vida e obra”, para uma conversa em torno deste personagem fundamental da História de Portugal. O que será lenda, o que é provável, e o que pode comprovar-se sobre a vida do poeta? Será que o foco da obra épica "Os Lusíadas" é a História dos feitos dos portugueses e seus antepassados? Qual a importância da obra de Camões para a cultura portuguesa? Por fim, como foram os seus últimos anos, será que morreu pobre, amargurado e angustiado com o futuro de Portugal?

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

    Más Menos
    1 h y 5 m
  • O Império e a proclamação da República no Brasil
    Jun 19 2024

    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre as primeiras décadas do Brasil, da independência à proclamação da República. De 1822 a 1889 o Brasil foi um Império, a única monarquia estável do continente americano. O regime teve um papel importante na manutenção da unidade brasileira, e como ponto de equilíbrio entre os defensores de modelos antagónicos, o federal e o centralista. Estas foram décadas cruciais, com o crescimento do peso económico do café e de S. Paulo, o debate sobre a escravatura, a imigração, e a consolidação do Brasil como grande estado da América do Sul, sobretudo depois da guerra do Paraguai (1864-1870). Durante longos anos, o Brasil teve como chefe de estado um Imperador liberal e esclarecido, D. Pedro II, que, paradoxalmente, não via com maus olhos a transição da monarquia para a república após o fim do seu reinado. Como foi o percurso do Brasil monárquico? E como ocorreu a implantação da república brasileira em 1889? Será que o tema da escravatura foi importante para este desfecho? E quais as características do regime republicano instaurado a 15 de novembro de 1899?

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

    Más Menos
    53 m
  • Massacre de S. Bartolomeu - quando França estava dividida numa guerra entre católicos e protestantes
    Jun 12 2024

    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre o tempo em que França estava dividida entre católicos e protestantes na época da contra reforma, entre 1562 e 1598.

    Foram anos de guerra civil, com o partido católico a ser liderado pelo duque de Guise e o partido huguenote (calvinista) por, entre outros, Henrique de Bourbom.

    O massacre de S. Bartolomeu aconteceu a 24 de agosto de 1572, quando os líderes protestantes estavam em Paris para assistir ao casamento de Henrique de Bourbom com Margarida de Valois, irmã do rei Carlos IX.

    Ironicamente, em 1589, Henrique de Bourbom herdou o trono francês, convertendo-se pouco depois ao catolicismo. Nesta altura, terá dito uma frase que ficou para a História, “Paris vale bem uma missa”.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

    Más Menos
    43 m
  • A Rainha Leonor Teles, com Isabel Stilwell
    Jun 5 2024

    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram Isabel Stilwell para conversar sobre Leonor Teles, a protagonista do seu último livro, "Leonor Teles, a rainha que desafiou um reino". Nascida em Trás os Montes na poderosa família dos Teles de Meneses, tinha apenas 4 anos quando o seu pai foi assassinado a mando do rei de Castela. Mais tarde, casou-se com João Lourenço da Cunha, senhor de Pombeiro, união anulada para que pudesse casar-se com o rei de Portugal, D. Fernando, o último da I dinastia. Qual a biografia desta rainha, que o cronista Fernão Lopes qualificou de “Aleivosa”? E será verdade que queria entregar Portugal ao rei de Castela?

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

    Más Menos
    53 m
  • D. Afonso VI, de rei "vitorioso" a rei deposto
    May 29 2024

    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre D. Afonso VI, um rei que foi cognominado de “Vitorioso”, mas que acabou deposto e prisioneiro. Nascido em 1643, o futuro Afonso VI ficou marcado pela doença que teve com cerca de 3 anos. Tornou-se herdeiro do trono em 1653, depois da morte do seu irmão mais velho, D. Teodósio, príncipe do Brasil. Três anos depois, subiu ao trono após a morte de seu pai, D. João IV, o primeiro da dinastia de Bragança. Contudo, a regência ficou a cargo da rainha D. Luisa de Gusmão, que chegou a projectar convocar Cortes para que a coroa passasse para o seu outro filho, o infante D. Pedro. Em 1662, um golpe palaciano liderado pelo conde de Castelo Melhor afastou D. Luisa de Gusmão da regência. Formalmente, o poder passou então para o rei, apesar de, na prática, ter ficado nas mãos do conde de Castelo Melhor. Nos cinco anos seguintes, Portugal alcançou as vitórias decisivas na guerra da Restauração. Apesar de “vitorioso”, D. Afonso VI seria afastado em 1667 por um golpe palaciano liderado pelo seu irmão infante D. Pedro, futuro D. Pedro II. Que partidos e interesses se opunham então na corte portuguesa? Porque foi Afonso VI afastado? E quais os contornos do processo público com vista à anulação do casamento do rei, e que concluiu que este tinha “maus costumes”? Por fim, como viveu D. Afonso VI até à sua morte, em 1683?

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

    Más Menos
    45 m