Passamos cerca de um terço da nossa vida a dormir. Uma pessoa com 90 anos de idade, por exemplo, esteve 30 anos a dormir.

Dormir não é um desperdício de tempo nem um mero estado de repouso. Enquanto dormimos estão a decorrer no nosso cérebro e no nosso corpo funções biológicas indispensáveis para a nossa saúde e bem-estar. Infelizmente, a sociedade atual não valoriza o sono adequadamente.

O sono é muitas vezes desvalorizado e encarado como tempo perdido. Reduzir o tempo de sono para aumentar o tempo disponível para estar ativo ou a trabalhar, passou a ser a regra.

O sono tem uma função restauradora. Enquanto dormimos, o nosso corpo restaura e regula importantes funções vitais como a função imune, que nos protege de infeções e outras doenças, ou o próprio crescimento.

Dormir também é fundamental para o nosso cérebro. Enquanto dormimos, o nosso cérebro mantém-se muito ativo e em algumas áreas até está mais ativo do que durante a vigília. O sono, por exemplo, ajuda a consolidar funções como a memória.

É sobre isto – e sobre o que podem provocar a privação de sono e as noites mal dormidas – que conversamos, neste episódio de O MÉDICO ESPECIALISTA RESPONDE, com a pneumologista do Hospital da Luz Vila Real, Bebiana Conde, responsável pela consulta do sono neste Hospital.

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