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  • O diagnóstico de morte encefálica é fundamental para doação de órgãos! Dr Leonardo Borges coordenador da Organização a procura de Órgãos, HCFMUSP
    Jul 7 2024

    Morte encefalica á a parada das funções cerebrais, ou seja, não há função do cerebro na região supraespinhal. Mesmo que o cerebro não funcione é possível que os outros órgãos funcionem o que permite a doação de órgãos. Após o advento do respirador mecânico houve possibilidade de perpetuar o paciente respirando artificialmente após a morte do cerebro que comanda os movimentos respiratórios. O doador com morte encefálica é um paciente muito grave, por isso precisa de cuidados para que os órgãos que ainda funcionam possam ser doados, pois a fila de espera ainda é muito grande. Os orgãos são recurso escasso no Brasil e no mundo pois a necessidade de transplante aumenta sem aumentar a disponibilidade. Na Espanha ocorrem 50 doações por milhão de população por ano, no Brasil 16 doações por milhão, sendo destaque o Estado de Santa Catarina 40 por milhão. Outras soluções para reduzir a fila será o transplante de órgãos de animais em humanos. Nos conceitos modernos a vida faz sentido quando o cerebro funciona: o comportamento do cerebro caracteriza uma pessoa. A perda das funções neurológicas pode comprometer a consciência que quando grave chamamos de coma até uma perda completa e irreversível da função cerebral por uma catástrofe cerebral. Dessa forma, com a perda completa e irreversível faz-se o diagnóstico de morte encefálica. Além disso, a causa da perda da função cerebral deve ter causa conhecida. O critério brasileiro para diagnostico de morte encefálica é um dos mais rigorosos do mundo. Importante ressaltar que coma não é sinônimo de morte encefálica, porém todo paciente com morte encefálica está em coma irreversível. O paciente com morte encefálica declarado após os critérios é considerado como morto pela lei criada em 1997 pelo Conselho Federal de Medicina. A resolução foi atualizada em 2017 mantendo segurança e rigor. O diagnóstico de morte encefálica é uma urgência: 1) primeiro para familia ter definição do prognóstico do paciente, 2) para evitar deterioração dos órgãos que podem ser doados, 3) redução dos custos para familia e para o sistema de saúde, 4) liberar vagas para unidades de terapia intensiva. O protocolo brasileiro determina que um médico capacitado por cursos determinados ou experiencia de 10 exames clínicos, deve fazer o primeiro exame neurológico. O segundo médico deve fazer novo exame para confirmar com capacitação e especialidade médica que tenha relação com cerebro como neurologia, neurocirurgia, neuropediatra. Entre os exames há obrigatoriedade de um tempo de observação (pelo menos 1 hora). Após um exame complementar deve ser realizado como Doppler Transcraniano (o mais utilizado), eletroencéfalo. Após o processo completo é possível realizar o diagnóstico de morte encefálica. A familia deve ser comunicada para optar pela doação ou desligar os aparelhos. Quanto a recepção dos órgãos doados, não existe fila, existe o cadastro único para recepção de órgãos. Cada órgão tem critérios de alocação para definir para quem vai o órgão. O primeiro critério é o ABO (tipagem sanguínea) onde o órgão precisa ser compatível com o doador. Em seguido vem a compatibilidade de peso a altura. O receptor precisa de estar em condições de receber o órgão, ou seja, não pode esta infectado. Para rim existe ainda compatibilidade genética (HLA compatível). Fígado não há prioridade de ordem e sim de gravidade do paciente. A data de ordem será apenas critério de desempate entre dois pacientes. A logística também é considerar em decorrência da demora do deslocamento do órgão. Além disso câmaras técnicas formadas por especialistas podem definir de quem é a prioridade através de análise do quadro clínico do paciente. Os critérios de todos transplante são auditáveis e estão a disposição do ministério público. #doador

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    1 h y 29 m
  • Com melhorar a voz e a deglutição no paciente com DOENÇA DE PARKINSON? Roberta Bush fonoaudióloga mestre pela Unifesp @robertabush
    Jun 23 2024

    Roberta Busch, mestre pela Unifesp, fonoaudiologia e diretora do Centro Avançado em Disfagia. Dr Marcelo de Lima Oliveira Neurossonologista Hospital Albert Einstein e Doutor pelo HCFMUSP Dr Edson Bor-Seng-Shu Professor Livre Docente HCFMUSP Todos os sinais de rigidez e bradicinesia que aparecem no corpo podem aparecer na região da face, boca e língua. A língua pode ficar lenta e tremula com modificação do som da voz. A voz também pode ter alterações pela prega vocal. Além disso pode haver alteração na deglutição com aspiração da comida que deveria ir para o estômago. Ocorrem também alterações no paladar e olfato; um paciente que não sente cheiro e paladar não sente vontade de comer e dessa forma pode perder peso e massa magra. As alterações de voz normalmente estão associadas à voz fraca por rigidez na corda vocal que permite com que a voz fique graça. Além disso o paciente cansa para falar. O monospeech é a perda da modulação da voz e monotonia da voz, e momolaudness com voz baixa sem intenção no discurso. Na atrofia de múltiplos sistemas ocorre ruído na respiração durante a fala onde a prega vocal fecha durante a inspiração. A lingua pode ficar tremula, festinada sao sinais da Doença de Parkinson e estes sinais podem estar associados às alterações da voz. A face também fica congelada que também prejudica a comunicação. As alterações na articulação da fala são complexas e alterações especificas podem estar associadas com doença de Parkinson e síndromes parkinsonianas atípicas. Há dificuldade da coordenação entre respiração e fala que causa cansaço durante a conversa. Alguns pacientes sao discinéticos para falar com saída do som sem articulação da palavra.Por vezes é necessário um distrator para o paciente falar corretamente, ou seja, um estímulo para que o paciente "destrave" a fala. Importante ressaltar que o paciente com Doença de Parkinson tem pensamento lenificado além da dificuldade da fala e ambos atrapalham a comunicação do paciente. O paciente também tem fadiga sensorial com excesso de barulho e palavras. Durante avaliação o fonoaudiologia avalia pela percepção da voz, mensuração da intensidade vocal do paciente. Na analise acústica avalia-se a mediado do temor, frequência e intensidade da voz. A nasofibroscopia também ajuda na avaliação em pacientes com parkinson. LSVT (Lee Sliverman method - penso forte falo forte) é um tratamento fonoaudiológico especifico que dura um mês com repetição de 4 vezes por semana durante uma hora que inicia com "A" prolongado e repetição de frases do cotidiano, segunda semana frases mais longas, terceira semana leitura de textos e ultima semana conversação. A reposta da técnica é muito boa num tempo muito curto. Algumas técnicas manuais, térmicas, massageadores e laser podem ajudar no relaxamento da musculatura a fim de melhora a articulação da fala. A medicação adequada ajuda na melhora da comunicação do paciente e na efetividade da terapia fonoaudiológica. Importante ressaltar que a repetição de frases, fonemas e leituras há estimulaçao de circuitos neurais nao só motores. Disturbios de deglutição são chamados de disfagia. Alguns pacientes por terem disfunções da musculatura ao invés do alimento ir para o estômago vai para via aérea, e alem disso, o paciente pode ficar parado na boca e na garganta. Isso gera risco de infecçao, desidratação e desnutrição. Os principais sinais são pigarro, tosse e engasgo durante a refeição. Coriza durante a refeição pode ser sinal de mal funcionamento do veo palatino. Muitos pacientes com doença de Parkinson tem alimento parado na garganta e não percebem. Por vezes os remédios da medicação não são deglutidos. Clinicamente a dificuldade na deglutição é percebida por aumento da frequência da deglutição para comer pequenas porções de comida. A comida parada na garganta pode pode dessensibilizar a área e dessa forma, o paciente aspira alimentos sem tossir o que facilita a ocorrência de pneumonia. #fonoaudiologia #parkinson #voz

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    1 h y 44 m
  • Avanços da fisioterapia para tratamento da Doença de Parkinson. @tamine_capato Fisioterapeuta HCFMUSP
    May 26 2024

    https://www.parkinsonnet.nl/app/uploads/sites/3/2019/11/diretriz_dp_brasil_versao_final_publicada.pdf Recentes artigos publicados em importantes revistas cientificas reforçam a importância da fisioterapia no tratamento da doença de Parkinson, bem como no auxilio do diagnóstico desta doença. Importante ressaltar que a doença tem sintomas motores e não motores. Os principais sintomas motores são: bradicinesia (dentificação dos movimentos), rigidez, tremor e instabilidade postural. Os não motores são: anosmia, depressão, dor, constipação, entre outros. O tratamento da Doença de Parkinson deve ser individualizado com equipe multidisciplinar onde o exercício e fisioterapia se torna extremamente eficiente para retardo da progressão da doença. O fisioterapeuta deve reconhecer os principais sintomas motores da doença de Parkinson. A interação da equipe multidisciplinar (fisioterapeutas, educadores físicos, fonoaudiólogos, médicos neurologistas e neurocirurgiões) também é importante para o tratamento, assim, como o participação dos pacientes no tratamento e na educação através das associações de pacientes que fornecem informações de qualidade. Estudos recentes mostram que exercícios de alta intensidade em esteira e bicicleta são extremamente benéficos para doença de Parkinson com melhora da função motora, porém, foram realizados em pacientes recém diagnosticado. Estes estudos mostraram modificação de estrutura e função cerebral. Há evidencia que o exercício tem efeito neuroprotetor e modificador da progressão da doença. Taish Shuam, dança, tenis de mesa, entre outros movimentos, melhoram a condição da doença na fase 2 por ativar produção de Dopamina. Na fase 3 a fisioterapia tem o papel importante na adaptação de atividades e treino específico como melhora de postura, equilíbrio e melhora do freezing da marcha. O congelamento é definido por bloqueio da atividade mesmo que haja intenção de faze-la como andar e através do treinamento das tarefas específicas o paciente consegue melhorar seus movimentos. Além do freezing, pode haver outras alterações da marcha, como velocidade, alteração no tamanho do passo, equilíbrio e risco de queda que pode ter o risco quantificado. Uma das maiores preocupações da fisioterapia é a queda e imobilismo que leva a perda da independência funcional com piora do prognóstico do paciente com doença de Parkinson. O programa de prevenção de quedas não reduz o risco da queda, porém melhora a defesa do paciente para cair. Através de alguns exercícios específicos com melhora de reação de proteção e exercícios de alta complexidade podem melhorar a segurança do paciente. A dupla tarefa motora como andar falando ao telefone, carregando um copo ou outros estímulos, faz com que o paciente melhore o equilíbrio e redução no numero de quedas e severidade dos ferimentos após quedas. Estudo recente mostrou redução de 50% das fraturas de quadril decorrentes de quedas. Além disso, a sarcopenia, ou seja, perda de massa muscular é uma causa de queda e deve ser devidamente avaliada. Restaurar função motora ocorre na fase mais tardia da doença (fase 4) que são aqueles paciente com independência modificada. Se o paciente não tiver restrições que interfiram na atividade do paciente como encurtamento muscular, dor e sarcopenia, a familia e cuidadores começam a fazer parte do tratamento, pois através do treino dessas pessoas, as técnicas de mobilidade serão aplicadas nos pacientes por eles. Nesse momento a bengala e o andador podem ser aplicados. Com a progressão da doença cuidados mais especias como a fonoaudiologia para exercícios respiratórios, deglutição, etc... Nesta hora o cuidador é treinado para aspirar os pacientes. Cada caso tem conduta específica. As adaptações também devem ser feitas em casa, por exemplo, se o paciente tem tendencia à quedas os tapetes devem ser retirados, barras de proteção devem ser instaladas, colheres devem ser adaptados, entre outras. #reabilitando #parkinson

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    1 h y 50 m
  • Os perigos da apneia do sono! Dr Sung Ho Joo @
    Apr 28 2024

    Dr Sung Ho Joo Otorrinolaringologista Hospital Albert Einstein e HCFMUSP Doutor pelo HCFMUSP Dr Marcelo de Lima Oliveira Neurossonologista Hospital Albert Einstein e Doutor pelo HCFMUSP Dr Edson Bor-Seng-Shu Professor Livre Docente HCFMUSP Sono é uma das funções fisiológicas mais importantes do corpo. Uma das principais funções do sono é a produção da melatonina que melhora o sistema imune e desacelera o envelhecimento. Além disso o sono regula os hormônios do corpo. O sono também regula o sistema cardiocirculatório com regulação da pressão; também regula as atividade cerebrais mantendo a cognição, comportamento e capacidade de raciocínio através da limpeza de toxinas do cerebro. Além disso, o sono regula o sistema de dor. Os principais sintomas de privação do sono é a obesidade, diabetes, arritmia cardíaca por liberação excessiva de cortisol. Ronco é um ruído causado pela passagem do ar pelas estruturas por onde passa (faringe, laringe); não é uma doença, porém é um indicativo que o ar não está passando corretamente. Vários pontos podem causar esse ruído: nasal, palato, amígdalas, língua posteriorizada, entre outras estruturas. A gravação do ronco é importante para identificar qual estrutura é causadora do ronco. Em geral, as pessoas que roncam não conseguem escutar o ronco por filtros no cerebro que cortam a percepção do ronco a fim de permitir com que a pessoa durma. O stress pode ser um fator que piora o ronco, especialmente nas pessoas que tem bruxismo ou tensão da musculatura por onde o ar passa. Apnéia do sono é uma parada respiratória maior do que 10 segundos e inconsciente. Desta forma ocorrem despertares frequentes, com consequente sono superficial e impedimento das funções do sono. Quando a pessoa para de respirar por períodos maiores não há troca gasosa e oxigenação do sangue e desta forma o corpo entra em alerta, pois o cerebro trabalha no sono e necessita de oxigênio. Desta forma, o paciente desperta para voltar a oxigenação do sangue. Existem dois tipos de apneia: obstrutiva e central. A mais comum é apneia obstrutiva. O nariz tem varias barreiras, como tensão muscular, rinite alérgica, hipertrofia de cornetos, etc. Importante ressaltar que respirar pelo nariz além de faltar, trás sensação de prazer ao respirar. Outra estrutura é o palato com úvula pesada e amígdalas. Hipertrofia de amígdalas é causa de apneia do sono em crianças e apneia acentuada pode causar problemas no desenvolvimento por falta de concentração, agitação e dificuldades na memória. Outra barreia é a língua grande por deformação da boca (arcada dentária estreita) e micrognatia desta forma provoca barreia para entrada do ar. A epiglote que protege as vias aéreas da deglutição também pode ser uma barreira para entrada do ar. A região das cordas vocais é o ponto mais estreito da passagem do ar e pode ser causa de apneia do sono; a principal causa de apneia do sono associada à essa condição é a sequela de pacientes que foram entubados em UTIs. A obesidade é causa importante da apneia do sono pelo volume que abdominal que não permite a expansão do diafragma por aumento da da pressão intratorácica; esta é uma das principais causas de apneia do sono. Importante ressaltar que nem todos que roncam tem apneia do sono, porém, todo paciente que tem apneia do sono ronca. Ela é mais frequente no sexo masculino por conta da anatomia. As principais queixa do paciente com apneia do sono são a sonolência diurna e roncos. A polissonografia consegue quantificar os eventos de apneia durante o sono. Consegue também medir a saturação do oxigênio no sangue. O índice de apneia consegue classificar a gravidade da doença: 10 por hora apneia leve, entre 10 e 35 apneia moderada, acima de 35 apneia grave. A apneia do sono aumenta risco e infarto, morte súbita e AVC e deve ser considerar por todos os medicos como grande fator de risco. #apneia #apneiadosono #ronco

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    1 h y 42 m
  • Dra Cristhieni Rodrigues, média infectologista DASA; @cristhieni
    Apr 8 2024

    Dr Cristhieni Rodrigues Doutorado HCFMUSP e infectologista do DASA Dr Edson Bor-Seng-Shu Professor Livre Docente pelo departamento de neurologia HCFMUSP Dr Marcelo de Lima Oliveira Doutor pelo departamento de neurologia HCFMUSP Dengue é um arbovirose causada por um vírus que chega no ser humano pelo mosquito Aedes Aegypit; também pode passar da mãe gestante para o filho. Aedes Aegypit é um mosquito listrado bem característico; a dengue é transmitida pela fêmea que quando coloca os ovos, os filhotes podem nascer infectados e transmitir a doença. Os ovos sao resistentes que mesmo quando a agua seca, após um ano podem eclodir gerando novos mosquitos infectados.

    A Dengue aumentou muito no mundo pelas alterações climáticas mudaram a replicação de mosquitos, além disso, houve crescimento da população e invasão das moradias em áreas perto de mata. A fácil mobilidade no mundo tbém ajudou na transmissão da doença. Áreas com saneamento básico ruim tbem contribuem para proliferação do mosquito. Atualmente 80% da população no Brasil moram em áreas endêmicas no Brasil. Importante ressaltar que os ciclos de Dengue ocorrem a cada 4 anos, porém com a pandemia a infecção voltou com força. É importante lembrar que 80% dos casos os pacientes tem poucos sintomas ou não tem sintomas. Há quatro tipos de sorotipos do vírus e consequentemente as pessoas podem ter reinfecção da Dengue que pode ser mais grave. A gravidade é maior nos pacientes com outras doenças graves, tratamentos imunossupressores, gestantes, crianças e idosos. A infeção leve causa dor de cabeça leve com febre baixa; os quadros mais severos ocorre febre alta, dor no corpo, manchas no corpo a partir do terceiro dia e dor de cabeça; o paciente não tem sintomas respiratórios. A partir do quarto dia a febre melhora a nessa fase duas coisas podem acontecer: 1) cura ou 2) sintomas com sinais de alerta quando o vírus vai embora e o sistema imunológico pode causar sintomas. Nessa fase o paciente apresenta os seguintes sinais de alerta: 1) dor abdominal e vômitos, 2) inchaço e 3) sinais de confusão e letargia e 4) pequenas hemorragias. Nessa fase a pessoa precisa de tratamento adequada com hidratação; os antiinflamatórios e AAS devem ser evitados. Todo paciente deve procurar o pronto socorro na suspeita de dengue para o diagnóstico e receber a informação dos sinais de alerta.; 2 a 5% evoluem com o choque grave da infecção com choque hemorrágico. A dor de cabeça é um sintoma comum da Dengue que pode ser fraca ou forte, atras dos olhos e latejante. Complicações neurológicas podem ocorrer em até 20% dos casos como inflamação das meninges (meningites), inflamação do cerebro, medula, desmilienizaçao dos neurônios por processo inflamatorio auto imune, poliradiculite ascendente (Guillian Barre) e hemorragia intracraniana. A letalidade da dengue é ao redor de 5%. A curva muda com tratamento adequado. Para prevenir a infeção é necessário evitar contato com o mosquito através de educação da população como evitar agua parada e, vasos, pneus, poças, etc... Para os vasos de plantas colocar areia e evitar a agua parada. Importante ressaltar que roupa escura com perfume atrai o mosquito. Repelentes também sao muito importantes; repelente bom é aquele que nao é toxico, que mantem-se ativo para repelir o inseto, que nao saia na agua ou abrasoes. O melhor é a Picaridina que dura mais tempo; os repelentes não devem ser usados em bebes abaixo de 6 meses. A gestante deve usar repelente sempre. A vacina tem como principal função evitar as infeções graves. A vacina da Takeda já não tem esse problema, é ministrada em duas doses e após 30 dias os pacientes apresentam alta quantidade de anticorpos contra o vírus; essa vacina evita 94% das infeções graves para o vírus do tipo dois; essa vacina é ministrada em duas doses para proteção completa. Futuramente teremos a vacina do butantan de dose única e muito eficaz. #dengue #vacina #aedesaegypti

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    1 h y 35 m
  • Check Up: como as doenças devem ser rastreadas? Dr Ricardo Vasserman Clinico Geral HCFUMSP
    Mar 16 2024

    Segundo Dr Ricardo, a clínica médica é uma especialidade onde há uma compreensão abrangente da medicina e proximidade com as pessoas, famílias e comunidades. A clinica médica tem por função resolver a maioria dos problemas de saúde na comunidade. A especialidade tem importante função na medicina, porém, a clínica médica resolve a maioria dos problemas de saúde com baixo custo para o sistema de saúde. Muitos pacientes perdem sua qualidade de vida por causas evitáveis e chegam no sistema de saúde em fases terminais da doença, numa condição irreversível. Portanto, oferecer hábitos que previnam a ocorrência dessas doenças ajudam a evitar complicações. Saúde é muito mais do que não ter doença. Check up é um termo que tem uma conotação comercial segundo Dr Ricardo. Na verdade, rastreamento de doenças não pode ter essa conotação comercial, pois vc deve conhecer o seu paciente para promover a prevenção e rastreamento. A grande preocupação das pessoas é: será que eu tenho uma doença que eu não saiba? A idéia do rastreamento é encontrar doenças que não manifestam no corpo. As doenças rastreáveis são aquelas que progridem lentamente e permitem sua detecção precoce antes de apresentar sintomas, ou seja, período pré clinico prolongado. Além disso, precisa haver exames disponíveis, com fácil acesso para detectar essa doença. Outro ponto é, quando eu rastreio a doença tem que haver tratamento disponível para ela. A doença rastreável tem que ter uma prevalência alta na população para que sejam desenvolvidos exames em larga escala para detecção precoce. Além disso, vários estudos comparam se o rastreamento foi efetivo para cura e melhora da qualidade de vida do paciente ou não. A individualização do rastreamento é muito importante. As principais doenças rastreáveis são divididos em 5 grandes grupos: 1) câncer - câncer de mama, colon, próstata, pulmão, colo de utero. Cancer de colo uterino a partir de 25 anos que tenham atividade sexual com papa Nicolau a cada 3 anos; aos 40 anos para cancer de mama com história familiar, porém a partir dos 50 anos com mamografia; colorretal com pesquisa de sangue nas fezes a partir de 50 anos; cancer de pulmão tomografia de tórax de baixa dose para tabagista 1 maço por dia por 20 anos; próstata: PSA é pouco sensível e pouco específico, portanto há um compartilhamento de risco 2) doenças cardiovasculares e metabólicas: placas de gordura nas artérias: hábitos de vida como alimentação/atividade física e colesterol no sangue; diabetes: historia familiar, hábitos de vida e glicemia; pressão alta através da medida periódica a pressão alta - pessoas com baixo fator de risco a cada 5 anos, a partir de 40 anos anual; pessoas com alto fator de risco para hipertensão medidas frequentes; aneurisma de aorta abdominal através de ultrassonografia de abdômen; osteoporose que provoca fratura de quadril é uma doença grave; 3) infecções sexualmente trasmissíveis, como gonorreia, clamídia (associadas à infertilidade), sifilis, AIDS, hepatites B e C: testes rápidos são eficientes e sensíveis 4) tuberculose e 5) saude mental: depressão, alcoolismo, drogas, violência domestica. Não há exames laboratoriais para o rastreio, porém existem questionários que facilitam o rastreio. Importante ressaltar que a depressão é muito prevalente e a consulta médica é uma chance para detecção. Importante ressaltar que os exames de rastreio tem baixo custo e pouco oneram o sistema de saúde. O excesso de exame podem gerar falsos positivos com desencadeamento de investigação desnecessária para o paciente. A individualização do paciente é importante para o rastreio. Além disso, existem as calculadoras de risco. A historia familiar, características físicas (circunferência abdominal), etc... fazendo um cálculo regressivo pode-se selecionar o paciente para rastreios específicos. Esta seleção ajuda a escolher os exames e determinar a periodicidade do rastreio.

    #rastreio #cancer #diabetes #hipertensaoarterial #hipertensao

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    2 h y 7 m
  • Epilepsia, tudo o que voce precisa saber! Dra Taissa Ferrari de Araujo neurologista Hospital Albert Einstein
    Jan 28 2024

    Dra Thaissa Ferrari Marinho neurologista do Hospital Albert Einstein Dr Edson Bor-Seng-Shu Professor Livre Docente pelo departamento de neurologia HCFMUSP Dr Marcelo de Lima Oliveira Doutor pelo departamento de neurologia HCFMUSP A OMS estima que hoje em dia existem 65 milhões de pessoas no mundo com epilepsia. No Brasil a prevalência é de 1 a 2%, ou seja, 4 a 5 milhões de pessoas tem eplepsia e cerca de 1/3 não respondem ao tratamento convencional. O cerebro funciona a base de eletricidade para uma célula se comunicar com a outra. A crise epiléptica é um fenômeno transitório de descargas anormais no cerebro, como se fosse um curto circuito. Ter uma crise convulsiva não significa que o indivíduo tem eplepsia. Um crise isolada pode ser secundaria a um trauma na cabeça, infecçao, desidratação, entre outras. O epilético tem que ter uma crise sem insulto do cerebro, ou seja, uma crise nao provocada. Se esse individuou teve uma crise e uma chance aumentada de ter outra crise há a possibilidade de ser epiléptico. Se o indivíduo tiver 2 crises sem insulto ao cerebro ele já pode ser considerado epléptico. Se tiver 1 crise com eletroencefalografia apresentando descargas elétricas também pode ser considerado como epiléptico. Para considerar cura da epilepsia o paciente tem que ficar 10 anos sem convulsão na ausência de medicamentos. Importante diferencia crise epiléptica de sincope: na sincope a pessoa desmaia por falta de fluxo sanguíneo cerebral, na crise epiléptica há descarga elétrica anormal na presença de fluxo sanguíneo. Na sincope ocorre recuperaçao rápida após o desmaio após o restabelecimento do fluxo sanguíneo cerebral; na crise epiléptica o paciente demora para acordar, acorda confuso, agitado, com dor no corpo, pois há demora de um tempo para o cerebro se reorganizar. Além disso, a pessoa pode ter sintomas premonitórios focais antes de uma crise convulsiva, como formigamento ou tremor de um braço, etc... Perguntar para as pessoas que viram o episódio de desmaio é muito importante para o diagnóstico. A crise epiléptica é uma desordem cerebral transitória que ocorre durante a descarga elétricas em pessoas com pré disposição para isso. Na ressonância pode ser encontradas lesões e na eletroencefalografia pode ter descargas elétricas. A crise convulsiva pode ser motora com espasmo em uma ou mais regiões do corpo, pode ver estrelas e imagens, ou ausência onde a pessoa para de fazer as coisas e volta normalmente (um desligamento rápido com duração de segundos). A convulsao generalizada a pessoa perde a consciência e fica se batendo. As convulsões pode ser focais (atingem uma região específica do cerebro); a crise temporal é a mais frequente delas onde o paciente tem falas desconexas, movimentos mastigatórios, entre outros sintomas. Nas crianças a crise mais frequente é ausência, onde a criança para o que esta fazendo volta após alguns segundos. Nas crises generalizadas a principal e convulsão: a pessoa para, tem contração tônica seguida de abalos, com salivação; a pessoa pode defecar e urinar durante a crise. O que fazer nessa situação: proteja a cabeça da pessoa e vire de lado para que a pessoa nao se afogue com a saliva. Nao coloque a mão da boca do paciente. A duração da crise é de um a dois minutos: se nao passar nesse tempo o SAMU deve ser chamado para socorrer essa pessoa por risco de crises reentrantes. Estado de mal epiléptico é situação mais grave em epilepsia, ou seja, crise epiléptica prolongado (acima de 30 minutos). Essas crises podem provocar lesões cerebrais definitivas. Essa crise deve ser controlada no hospital com drogas mais fortes e ate anestesia. Se o paciente nao acordar em 1h o paciente pode ter crises atônicas, ou seja, sem manifestação motora porém com crises no cerebro. Esse paciente deve ser encaminhado para o hospital também. A epilepsia é mais frequente em crianças e idosos. Nas crianças a causa mais frequente é anóxia peri parto por lesões cerebrais.

    #epilepsia #convulsao

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    1 h y 51 m
  • Aneurismas cerebrais; Dr Carlos Roelke Neurocirurgião Hospital Albert Einstein
    Jan 22 2024

    Há dois tipos de hemorragia cerebral: Intraparenquimatosa que ocorre no meio do tecido cerebral e hemorragia subaracnóidea que acontece nos envoltórios do cerebro (meninges). Nesse espasmo (meninges) é por onde passam as artérias cerebrais onde ocorrem os aneurismas cerebrais. Aneurisma cerebral é uma mal formação adquirida por fraqueza na parede da artéria. Há dois tipos: sacular (como se fosse uma bexiga) e fusiformes (dilatação da artéria). O aneurisma secular é o que mais rompe e sua ruptura é responsável por 5% das hemorragias cerebrais. Aneurismas cerebrais podem surgir por características genéticas onde a medida em que o tempo passa o aneurisma pode se desenvolver no ponto de fragilidade da artéria. A história familiar é importante pois, se 2 ou mais pessoas tiverem aneurisma roto a família deve ser investigada. A mediada que o "balão" vai aumentando a parede fica mais frágil até o rompimento. Os principais fatores de risco associados são: causa infecciosas (endocardite), pacientes com colagenoses (síndrome de Marfan), entre outros. Além disso existem os fatores externos: tabagismo (um forte fatore para ocorrência e rompimento), hipertensão, cocaína. O tabagismo pode promover a inflamação nas paredes da artéria ou destruição dos componentes da parede da artéria pela nicotina. Uma pessoa tabagista que teve um aneurisma se continuar fumando pode ter outro aneurisma; 30% dos pacientes podem ter aneurismas múltiplos, portanto o acompanhamento com neurocirurgião deve ser a longo prazo. Para investigação no acompanhamento houve evolução muito importante dos exames como angiorressonancia e angiotomografia que são exames não invasivos. Na hemorragia aneurismatica ela pode matar metade dos pacientes no momento do sangramento. Mesmo aqueles que chegam, 25% podem morrer no hospital mesmo tratados, por isso da importancia do rastreamento. Uma pequena porcentagem dos pacientes podem ter uma dor de cabeça diferente dias antes do sangramento que pode ser um sinal da presença de aneurismas. Aneurismas gigantes podem provocar déficit motor por compressão de estruturas nervosas como redução da acuidade visual, dor facial, déficit motor, etc (condições muito raras). O principal sintoma do sangramento é uma dor de cabeça repentina muito forte (em explosão) que pode ocorrer durante o esforço físico (evacuação, academia, relação sexual); outros sintomas podem ser sincope, deficit motor, perda da consciência, entre outros. Se a pessoa tiver a dor súbita tem que ir para o pronto socorro imediatamente. Se a dor de cabeça não é súbita, porém diferente da habitual, refratária ao tratamento, também dever ser investigada. No momento do sangramento pode haver aumento importante da pressão intracraniana e provocar morte imediata do paciente. Além disso, a descarga adrenergica no corpo pode provocar infarto e arritmia no coração e morte súbita cardíaca. Na suspeita de sangramento quanto mais intenso é o quadro clinico, ou seja, se o paciente está em coma, pior o prognóstico do paciente. Na suspeita de hemorragia o paciente deve fazer tomografia e angiotomografia para tentar detectar o aneurisma; em alguns casos o aneurisma só e detectado pela angiografia. Se o diagnóstico não for feito corretamente, há risco de ressangramento que ocorre principalmente nas primeiras 24 horas; o ressangramento tem mortalidade em 60% dos casos. Logo no diagnóstico do aneurisma a cirurgia aberta ou tratamento endovascular do aneurisma é proposta para evitar o ressangramento. A técnica cirurgia é mais difícil nessa fase aguda em decorrência do inchaço cerebral, porém é imperativo tratar o aneurisma com urgência para reduzir a mortalidade. A melhora da técnica cirurgica e da anestesia oferecem mais segurança para operar nesta fase. Na cirurgia endovascular não há necessidade de abrir a cabeça, onde por meio de cateteres há colocaçao de molas no aneurisma. A maioria dos tratamentos dos aneurismas são tratados por via endovascular. #aneurisma #avchemorragico #mortesubita

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    1 h y 54 m