• Mulheres Invisíveis

  • Nov 7 2023
  • Duración: 15 m
  • Podcast

  • Resumen

  • Bem ao estilo “dilminiquês”, o tema da redação do Enem 2023 resolveu desafiar os alunos a escreverem sobre a “invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. Mas qual é a necessidade de visibilidade de um trabalho que tem por natureza a privacidade e intimidade? Um “trabalho invisível” é necessariamente ruim? Quantos conseguem ser visíveis na sociedade? Bem poucos, não? E isso em qualquer profissão. Mas aqui está um tema que reflete o nível mental dos que operam a educação no Brasil. Nossos adultos estacionaram no estágio da infância, naquele ponto onde eles se sentem o centro das atenções. E a educação só tem contribuído para esticar ainda mais a permanência das pessoas naquele estágio que Jean Piaget - para citar quem eles gostam - chamou de pré-operacional ou simbólico (2 a 7 anos). Aquela fase quando começam a dominar a linguagem e os símbolos de comunicação, começam também a imitar, representar, imaginar e classificar. Fase na qual a criança é egocêntrica (se vê no centro de tudo e entende o mundo a partir da sua própria vivência) e não tem a capacidade de se colocar no lugar dos outros. Os idealizadores da prova do Enem pararam no estágio pré-operacional ou simbólico: não conseguem entender que a vida é mais do que o seu próprio mundo, que ganhar é dar, que atender a necessidade de alguém que precisa de mim é assumir um lugar de superioridade como pessoa. Eles estão presos na camada da infantilidade. O verdadeiro desafio para a mulher é deixar de ter a si mesma como ponto de referência e colocar a felicidade de alguém como meta da sua própria felicidade.

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