Quanto tempo seus filhos passam em frente ao celular, tablet, computador e videogame? Quais são os prejuízos e riscos para a saúde desse excesso de exposição às telas? No Opinião dessa semana, vamos falar sobre como as famílias podem controlar o acesso dos pequenos ao mundo digital. É possível encontrar um meio termo? Para falar sobre o assunto, receberemos o psicólogo Cristiano Nabuco, fundador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e a advogada ⁠especialista em direito digital Alessandra Borelli, autora do livro "Crianças e Adolescentes no Mundo Digital". Conversaremos, também, de maneira remota, com Camila Bruzzi, Co-fundadora do Movimento Desconecta, que propõe o adiamento, redução e controle do acesso a smartphones e redes sociais por crianças e adolescentes.

Estamos no chamado maio laranja, mês de enfrentamento e prevenção ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Se engana quem pensa que os abusadores são pessoas desconhecidas. Isso nem sempre é verdade. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a maioria dos abusos ocorre no ambiente familiar e é cometido por um homem, que é parente ou conhecido. São pais, padrastos, mas também tios, avôs, amigos dos pais da criança. No Opinião dessa semana, vamos tentar entender a diferença entre exploração e abuso sexual. Como podemos proteger nossos filhos? A partir de que idade é possível ensiná-los a identificar esse tipo de violência? Para falar sobre o assunto, receberemos a médica pediatra ANA CLAUDIA BRANDÃO, integrante do projeto "Eu Me Protejo" e LAÍS PERETTO, diretora-executiva da Childhood Brasil. Conversamos, também, remotamente, com a ex-nadadora JOANNA MARANHÃO, coordenadora de rede pela Sport & Rights Alliance, que se tornou uma ativista depois de revelar que sofreu abusos sexuais de seu treinador quando tinha apenas nove anos.

Quarenta anos após o nascimento do primeiro "bebê de proveta" no Brasil, a técnica da reprodução assistida passou por uma evolução científica e social. No início, tinha como objetivo atender à famílias que não podiam ter filhos em virtude da infertilidade. Com o passar do tempo e o aprimoramento do método, os tratamentos passaram a atender também pessoas com mais idade, gestantes independentes e casais homoafetivos. No Opinião dessa semana, vamos falar sobre os tipos de reprodução assistida e como a legislação brasileira enxerga cada uma delas. Dúvidas em relação a congelamento e doação de óvulos, barriga de solidária e resoluções ligadas às questões éticas serão respondidas pelos nossos convidados. Farão parte desse bate-papo a médica ginecologista e obstetra especializada em reprodução humana, Thais Domigues, e coordenador do Setor Integrado de Reprodução Humana da UNIFESP, Renato Fraietta.

Quando abordamos a luta contra o racismo por meio de uma educação antirracista, é crucial reconhecer a necessidade de alinhar nossas palavras com ações concretas. Apesar de existir uma lei desde 2003 que prevê a obrigatoriedade do ensino de história e da cultura afro-brasileiras nas escolas, a implementação na prática dessa educação antirracista ainda não é uma realidade e, quando é, não garante que crianças e adolescentes negros sejam efetivamente respeitados no ambiente escolar. A atriz Samara Felippo denunciou, no final do mês de abril, que a filha de 14 anos foi vítima de racismo na escola particular onde estuda, na Zona Oeste de São Paulo. O caso chama atenção para uma questão importante: qual a importância das escolas trabalharem as questões relacionadas à educação antirracista? Para entendermos a importância desse assunto para a sociedade em geral, vamos conversar com a psicanalista e antropóloga do Coletivo Di Jeje JAQUE CONCEIÇÃO e a historiadora e educadora racial SARAH CAROLINNA. Conversamos, também, de maneira remota, com a atriz SAMARA FELIPPO.

Eventos climáticos extremos causados pelo aquecimento global estão devastando territórios e afetando populações inteiras de maneira alarmante. No entanto, são as comunidades negras, periféricas, indígenas e quilombolas que enfrentam as consequências mais severas dessas mudanças. No Opinião desta semana, vamos discutir a injustiça climática, também chamada de injustiça socioambiental, mecanismo diretamente ligado à desigualdade que faz com que indivíduos de determinados grupos ou regiões fiquem mais vulneráveis aos impactos do aquecimento do planeta. Para trazer os aspectos deste assunto convidamos a Diretora Executiva da LACLIMA e especialista em Justiça Climática, Flávia Bellaguarda, e a Diretora de Territórios e Co-fundadora do Instituto Perifa Sustentável, Gabriela Santos. De maneira remota, conversamos com a urbanista e Doutoranda em Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), Marcela Alonso Ferreira.

A gente vê, ouve e lê por aí muitas coisas que reforçam a ideia de que nós, mulheres, nascemos para a maternidade e que ninguém cuida dos filhos como nós - somos valiosas, insubstituíveis. Mas será que isso é verdade? Acreditar que somos as únicas ou as maiores responsáveis pelo cuidado não seria uma inverdade, além de um fardo pesado demais? Já por outro lado, perdemos valor quando somos mães e estamos no mercado de trabalho, que frequentemente desvaloriza as mulheres - tanto as que planejam ter filhos, quanto aquelas que já são mães. Para discutir o assunto, o Opinião convida a Psicanalista e diretora do Instituto Gerar de Psicanálise, Vera Iaconelli, e a psicóloga docente do Senac São Paulo, Marina Cruz. Também conversamos com Beatriz Rego, que é mãe de uma criança Neuroatípica, e com a ativista indígena Shirley Krenak, mãe de três, que nos contaram suas vivências

Estudiosos têm defendido a ideia de que ser mediano traz mais qualidade de vida para as pessoas. Alguns afirmam até que a mediocricidade pode levar à felicidade. Mas por que isso assusta tanto? O Opinião discute como a ideia de ser mediano é vista socialmente e se ela pode ou não trazer benefícios para as pessoas que optam por este caminho do meio. Para falar sobre o assunto, receberemos o psicólogo e psicanalista FRANCISCO NOGUEIRA e o sociólogo e sócio da Inesplorato TULIO CUSTÓDIO.

Apesar dos jogos de azar como bingos e cassinos serem proibidos no Brasil, as apostas esportivas online são regulamentadas no país desde o final do ano passado. Já o chamado jogo do tigrinho, o jogo do aviãozinho, também são online, mas considerados contravenção penal, um crime de menor potencial ofensivo. Fato é que essas práticas, legais ou ilegais, são procuradas como simples entretenimento mas podem levar ao vício, a perdas financeiras consideráveis e a problemas familiares e sociais. Para falar sobre o assunto, receberemos o psiquiatra HERMANO TAVARES, Coordenador do Ambulatório do Jogo Patológico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP e advogado JOSÉ FRANCISCO MANSSUR, ex-assessor especial do Ministério da Fazenda, um dos responsáveis pelo texto de regulamentação das apostas esportivas online. Conversaremos, também, com um personagem que nos contará como a esposa se viciou em apostas online chegando ao ponto de usar todo recurso financeiro da família para fazer esse tipo de jogos.