O oitavo episodio do podcast PERISCOPE reúne propostas que auscultam o que pareceria secundário ou renegado. Por um lado, temos a voz e a intimidade do artista e ativista David Wojnarowicz, símbolo da luta de uma comunidade indesejada, assolada pela pandemia da SIDA nos anos 1970 e 80, e aqui lembrada pelo curador, investigador e professor Juan Luis Toboso através da escuta da leitura de um excerto dos textos retirados das cassetes diarísticas deste artista. Por outro lado, uma peça sonora que tem como base os sons produzidos pelo movimentar de entulho realizada pelos performers, músicos e artistas visuais Inês Tartaruga Água e Xavier Paes e intitulada "Wasteland Kingdom Rhythm". Também a partilha de registos sonoros de ensaios da peça “Coreografia” do coreógrafo, bailarino e investigador João dos Santos Martins, registos estes que encararíamos como subprodutos. A mistura dos sons do performer e da música ao vivo de João Barradas são, porém, transmutados pela sobreposição de uma leitura do poema de 1984, "horse sings from cloud" de Pauline Oliveros. À mistura, excertos de registos de concertos em Serralves de Tony Conrad & Genesis P-Orridge e de Sylvain Chauveau.

Boa escuta!

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O sétimo episódio do podcast quinzenal de Serralves, PERISCOPE, tem como elemento comum a linguagem, nele se ensaiando reflexões sobre a sua articulação por vozes, sobre possibilidades abertas pela fragmentação das suas lógicas ou sobre correntes ideológicas subterrâneas que atravessam a sua utilização, mesmo em situações aparentemente mais inócuas. 

O escritor e curador do Muzeum Sztuki w Łódź (Polónia), Daniel Muzyczuk, apresenta-nos questionamentos sobre a transformação da palavra pela sua vocalização como, por exemplo, no exercício da oratória. O músico e artista visual Arnold Dreyblatt traz-nos textos da sua autoria e de John Cage - nas vozes de Sam Ashley e Ray Kass - sujeitados a operações de “cut-up”, isto misturado com gravações de sons ambientes em Viena e de música de um concerto de 2017 em Tóquio da sua Orchestra of Excited Strings. Já a artista Carla Filipe apresenta "Why I never learned good English" (2021), uma peça realizada com base numa coleção de discos das Seleções Reader's Digest de 1977, intitulada "O Inglês de Hoje", e destinada ao ensino dessa mesma língua a portugueses. À mistura, gravações de concertos de Frank Bretschneider e de Arnold Dreyblatt com músicos convidados, ambos em Serralves. Uma nova proposta de escuta a descobrir!

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O sexto episódio do podcast PERISCOPE propõe uma viagem auditiva onde encontramos a inspiração do coreógrafo e performer Gustavo Ciríaco no livro “The Practice of the Wild”, do poeta “beatnik”, antropólogo e ativista ambiental Gary Snyder.

Esta é uma obra valorativa da transmissão oral e da repetição em rituais e no labor quotidiano, e da sua importância para o mapeamento de territórios de proveniência e de sobrevivência cultural; a relação e história do artista David Helbich com os fenómenos do eco e da reverberação, fletidos em diversos contextos e espaços acústicos, como sejam o corredor de entrada para o Museu de Serralves ou os grandes espaços onde o seu pai dirigia obras orquestrais e corais; e a escuta de uma “collage” de um conjunto de sete curtas peças sonoras resultantes de explorações com instrumentos, objetos e pequenas esculturas pelo coletivo Osso Exótico constituído por André Maranha, David Maranha, Francisco Tropa, Manuel Mota e Patrícia Machás. 

Também nesta viagem, encontramos música de excertos da gravação do concerto em Serralves do músico e compositor minimalista norte-americano, Jon Gibson.

Boa escuta!⁠ ⁠

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Mais um episódio do podcast #PERISCOPE emerge agora para nos revelar um caleidoscópio de vocalizações, textos e testemunhos. No quinto episódio encontramos a ilustração vocal de um cenário natural inventado pela coreógrafa e performer Tânia Carvalho, a leitura pelo artista visual e performer João Alves (Von Calhau!) da visão áspera do mundo dos deserdados nas palavras do poeta, artista e cientista norte-americano Bern Porter (artista icónico dos movimentos vanguardistas da Mail Art e da Found Poetry), e as impressões na primeira pessoa sobre a confluência de Wagner e da tradição carnática indiana na música do jovem compositor Nakul Krishnamurthy. A estas participações juntam-se excertos de gravações de concertos de Keiji Haino e Von Calhau! e música de Krishnamurthy, num fluxo múltiplo e desafiante de novas possibilidades de escuta. Deixe-se conduzir nesta meia hora de jornada e aproveite também para ouvir ou revisitar as que foram propostas por este periscópio em episódios anteriores.  

Boa escuta!⁠

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No 4º episódio do podcast Periscope, podemos escutar mais uma divagação prospetiva de meia hora deste periscópio com aparições quinzenais. Desta vez, ele leva-nos a espreitar as reflexões de Thamiris Carvalho sobre a história do sapateado como símbolo de resistência face à repressão e à discriminação racial, a descobrir as palavras da poeta e artista américo-libanesa Etel Adnan pela mão do performer e artista sonoro Jassem Hindi e a prática mais oculta de assobiar e cantar da coreógrafa e investigadora Sílvia Pinto Coelho. À mistura, também música de gravações de concertos do Ensemble 0 e de Manon Anne Gillis.

 Boa escuta!

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Desta vez, este periscópio revela-nos memórias e uma dedicatória da artista sonora Christina Kubisch ao compositor Alvin Lucier, a importante inspiração que J.G. Ballard constitui para Jonathan Saldanha, e uma leitura pessoal que o artista sueco Leif Elggren faz de textos do seu próprio livro, “Genealogy”. Acompanhando mais esta investida, ouvimos música de Kubisch com base numa obra de Lucier e excertos de concertos de Yamatsuka Eye, Hhy e Leif Elggren.⁠

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Para uma melhor experiência, recomendamos que encontre um lugar confortável para se dedicar à escuta durante os 30 minutos de mais um episódio deste podcast.⁠

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The first episode, now available, features sound artist Mark Fell, Australian choreographer and performer Adam Linder and Polish choreographer and dancer Ola Maciejewska. 

Mark Fell is a British musician, sound artist, writer and curator based in Rotherham whose practices confront authodox ideologies and techniques of spatial sound. 

Adam Linder is an Australian choreographer and performer residing between Los Angeles and Berlin and his work expands on lines that cross the choreography with formats ranging from text to installation, from performative services to opera.

Ola Maciejewska is a Polish choreographer and performer residing in Paris whose work is distinguished by the strong interdisciplinary character with which she approaches dance, materialized in the exploration of materials and artifacts and in her relationship with the performative body.

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