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    2024 PÚBLICO
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Episodes
  • Protestos pró-Palestina nas universidades dos EUA: Não é bom que os jovens se mobilizem contra a guerra?
    May 3 2024

    Cansámo-nos de ouvir lamentos sobre os jovens, por desertarem das causas cívicas ou por se alhearem do debate político. Durante muitos anos, foram-nos chegando notícias sobre a crescente anomia nos campus universitários dos Estados Unidos, que nos habituámos a ver como lugares de gestação de ideias e iniciativas políticas generosas e progressistas. Diziam-nos até que o individualismo as tinha tomado de assalto, que as ciências sociais e humanas estavam em declínio perante a ascensão das profissões dos yuppis. Agora, com os protestos contra a violência de Israel em Gaza em tantas universidades americanas, em lugar da crítica ao desinteresse chega a crítica pelo excesso de mobilização. O que está a acontecer?

    Viajando no tempo, vale a pena recordar a pressão que os jovens universitários da América fizeram para que a guerra do Vietname acabasse. Nada de muito diferente do protesto de agora contra as violações dos direitos humanos na Faixa de Gaza. Na altura, os jovens foram acusados de fazer o jogo do inimigo, o comunismo. Hoje, há quem os acuse de anti-semitismo, como se a denúncia do Governo da extrema-direita de Israel pudesse ser comparada ao ódio étnico contra todo um povo.

    Perante as prisões de centenas de estudantes, da violação da polícia de uma zona livre e sagrada como é um campus universitário, as pressões da direita musculada aumentam. Lá ou em Paris, reclamam que o exército intervenha ou que os financiamentos públicos se suspendam. Mas, não é desejável que os jovens se horrorizem com a violência que está a arrasar a população da Faixa de Gaza? Não é bom que se mobilizem contra a guerra e contestem o cinismo da realpolitik dos estados? Não é bom que se sintam no direito de serem a consciência crítica das democracias que começam a acolher com demasiada normalidade a morte indiscriminada de civis inocentes? Estarão os jovens a passar do protesto pacífico que, como recordou Joe Biden, deve ser protegido?

    Para reflectir estas questões, neste P24 ouvimos Joana Carvalho, um dos rostos do movimento “Coimbra pela Palestina”, da Universidade de Coimbra.

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    12 mins
  • Investimento nas Forças Armadas: agora ou nunca?
    May 2 2024

    O ministro da Defesa defendeu que “os jovens que cometem pequenos delitos devem cumprir serviço militar" para se tornarem "cidadãos melhores". Nuno Melo entende que o serviço militar é uma alternativa à colocação dos jovens em instituições que considera que são escolas do crime. A ministra da justiça, Margarida Blasco, concordou com a proposta e acrescentou que Nuno Melo falara em nome do Governo. Mais tarde, o ministro da Defesa disse que aquelas declarações tinham sido, e cito, uma possibilidade para efeito académico e de conjectura. Fica-se na dúvida de que instituições é que o ministro está a falar. Dos centros educativos para jovens que cometem delitos depois dos 16 anos ou dos centros de acolhimento para crianças e jovens em perigo? Ou Nuno Melo está a falar, afinal, das prisões? Para todos os efeitos, o serviço militar não é permitido a jovens com idade inferior aos 18 anos. Para nos falar sobre esta proposta e sobre os problemas de recursos humanos das forças armadas, temos hoje connosco o general Pinto Ramalho, que exerceu o cargo de chefe do Estado-Maior do Exército entre 2006 e 2011.

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    18 mins
  • 1.º de Maio. CGTP: "As novas formas de trabalho não são mais do que um retrocesso nos direitos dos trabalhadores"
    Apr 29 2024

    Nasceu depois de 1974, e afirma que os princípios de Abril estão em causa. É secretário-geral da CGTP e membro do comité central do PCP. Chama-se Tiago Oliveira e espera que a grande participação popular no dia 25 de Abril se repita, amanhã, primeiro de Maio, cinquenta anos depois da maior manifestação popular de sempre no país. Para a CGTP, não faltam razões para que tal aconteça, devido ao resultado das últimas eleições e à precariedade e degradação das condições de trabalho. Basta dizer que 45% dos trabalhadores têm horários atípicos, que trabalham por turno, têm horários nocturnos ou trabalham ao fim-de-semana. Apesar disso, a taxa de sindicalização tem vindo a descer. Caiu de mais de 63% para 15% em quatro décadas. Acrescente-se que o sindicalismo tradicional está de alguma forma ameaçado por protestos inorgânicos, que são convocados à sua revelia e sem a sua participação. O teletrabalho e as plataformas digitais são outros desafios. É um processo irreversível ou os sindicatos podem recuperar essa representatividade perdida? Uma coisa é certa, a contestação vai aumentar, garante o líder da maior central sindical portuguesa.

    Nota: Por lapso, no áudio, o nome de Tiago Oliveira é referido de forma errada como Tiago Lopes. Ao visado as nossas desculpas.

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    17 mins

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