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  • 08 Cantos tradicionais - Ashaninka - Nowashiritani
    2 mins
  • 05 Audiodescrição Ashaninka Amatheri (chapéu)
    Nov 7 2023
    Objeto tátil Ashaninka

    Amatheri é um chapéu cerimonial trançado de fibras e adornado com plumas de arara. É um chapéu sem copa, aberto na parte de cima e circular como uma cestaria. A parte superior é mais ampla, com uma aba como uma taça, enquanto a parte que envolve o diâmetro da cabeça é mais estreita. Nessa parte de encaixe na cabeça os padrões geométricos compostos por linhas pretas tramadas sobre a palha em delicada costura, adornando toda a circunferência do artefato por fora e por dentro. A borda sob o mesmo acabamento em linha preta reforça a estrutura. Na parte da frente do chapéu há um penacho constituído por quatro penas de araras em tons de azul e vermelho, sendo as das extremidades menores e as do centro maiores. O chapéu compõe o traje tradicional do povo Ashaninka composto da vestimenta, Kushma, do colar de sementes e plumas e bolsa tecida de fibras. Ele tem grande significado espiritual para os Ashaninka representando a luz que vem de cima para iluminar as cabeças dos homens, conectando-os ao conhecimento universal do sol e entregando-os à Terra.
    FIM DA AUDIODESCRIÇÃO
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    2 mins
  • 04 Audiodescrição da fotografia A esquerda na foto Ikiwi, a do centro Mokõtxo, do lado Shosha
    Nov 7 2023
    A esquerda na foto: Ikiwi, a do centro: Mokõtxo, do lado: Shosha

    Fotografia Hiromi Nagakura
    década de 1990
    Fotografia de três mulheres indígenas, duas adultas e uma jovem , que vestem
    kushmas, traje tecido em algodão, de cor terrosa densa e escura. Diante de uma
    canoa suspensa por forquilhas que serve como recipiente, as mulheres cuidam de
    macerar a mandioca com as mãos e mexem o caiçuma para que fermente. O caldo,
    bem branco e espesso, enche toda a canoa suspensa que alcança a altura da
    cintura e facilita o manejo da mistura. Em meio a um terreno cercado por
    vegetações e um céu nublado, a canoa se destaca no centro da cena, cheia do
    caiçuma. No chão, as panelas de alumínio estão postas, possivelmente para serem
    recipientes quando a bebida estiver pronta. Caiçuma é uma bebida tradicional
    fermentada que alegra as festas do povo Ashaninka.
    FIM DA AUDIODESCRIÇÃO
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    1 min
  • 03 Audiodescrição da fotografia Tsirotsi Ashaninka
    Nov 7 2023
    Tsirotsi Ashaninka

    Fotografia Hiromi Nagakura
    década de 1990

    Nessa fotografia, o jovem Tsirotsi de costas e em pé na proa de uma canoa segue
    pelo rio Amônia. Com seus paramentos tradicionais, usa um traje longo e denso
    tecido de algodão pelas mulheres, tingido com a terra escura dos barrancos do rio.
    Um outro pano branco como uma toalha está posto sobre seu pescoço. Um colar de
    sementes escuras e adornos de plumas e outras sementes em amarelo e laranja
    intenso atravessam-lhe as costas. Sua imagem evoca a de um guerreiro, pois
    segura com a mão esquerda, cujo pulso é adornado por uma pulseira de cores
    intensas, uma longa taquara ou bambu, que cruza toda a diagonal da foto,
    provavelmente um tipo de remo. O rio aparece como um caminho sereno, refletindo
    a luz do dia, onde o jovem parece percorrer uma terceira margem. Uma vegetação
    rasteira acompanhada de árvores mais robustas forma as margens do trajeto do rio
    Amônia.
    FIM DA AUDIODESCRIÇÃO
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    1 min
  • 02 Audiodescrição geral - Ashaninka
    Nov 7 2023
    Audiodescrição parede de fotos Ashaninka

    Sobre parede de cor vermelha em tom de urucum estão dez fotografias, duas delas em formato vertical. As fotografias registram cenas diversas dos Ashaninkas: rituais de canto de canto e dança, de pesca, de colheita e no preparo de bebidas e ritualísticas. Se destacam ao centro a imagem de uma mulher com cachimbo na boca que carrega um bolsa de palha às costas com alças seguradas na altura da cabeça e outra em que um homem veste uma tanga e está de pé sobre uma canoa em meio ao rio segurando uma espécie de lança de madeira utilizada para a pesca. Sobre uma prateleira próxima as fotos, há um chapéu feito pelo povo Ashaninka.
    FIM DA AUDIODESCRIÇÃO
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    1 min
  • 01 Apresentação Ashaninka
    Nov 7 2023
    Ashaninka

    Vale do rio Juruá – Acre e Peru
    Tempo de contato: cerca de 120 anos
    Tronco linguístico Aruak
    Aproximadamente 3 mil pessoas (no Brasil)

    O povo Ashaninka já habitava um vasto território de florestas entre o Acre e o Peru,
    no Alto Rio Juruá, muito antes de se erguerem as fronteiras dos países que se
    apossaram dessa região. As famílias que se estabeleceram ao longo dos rios do
    Alto Juruá, como o Amônia e o Breu, também sofreram, como outros povos do Acre,
    a invasão dos seringalistas no final do século XIX, começo do XX. Guerreiros
    fortalecidos em sua tradição e identidade, não se deixaram escravizar, mantendo
    sua cultura e independência, apesar de todas as investidas. A população cresceu,
    áreas depredadas por invasores foram recuperadas, os cuidados com o território
    renderam frutos, caça, peixe e muita fartura.
    Em conexão com os ensinamentos ancestrais, o sábio povo Ashaninka criou
    estratégias de enfrentamento e alianças com os não indígenas que chegaram a seu
    território. Desenvolveram parcerias, equiparam as aldeias com tecnologia de
    comunicação e monitoramento para controlar as invasões de madeireiros e outras
    ameaças à vida das pessoas e de todos os seres que ali habitam.
    Seu traje tradicional – a kushma, tecida em algodão pelas mulheres –, os colares de
    sementes e plumas cruzados no peito, o chapéu-cocar trançado com palha de
    palmeira e adornado de penas de arara dão identidade a esse povo orgulhoso e
    senhor de seus caminhos. Nos rituais da ayahuasca o povo recebe ensinamentos e
    decide seu futuro.
    Nagakura-san se encantou com esse povo alegre e confiante, com seus projetos de
    autonomia e sua música, e principalmente com a generosidade e a acolhida
    calorosa. As imagens revelam o povo em seu cotidiano.
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    2 mins