No Brasil, quase 500 crianças são registradas sem o nome do pai todos os dias e cerca de 12 milhões de mães brasileiras criam seus filhos sozinhas. A deserção paterna afetou 5,5% das crianças nascidas, só nos últimos 8 anos. Pode parecer pouco mas estamos falando de quase 2 milhões de bebês, que foram registrados sem o nome do pai. Os dados são do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e do Portal da Transparência da Arpen Brasil - Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais.

O quadro piora se lembrarmos que a taxa de nascimento no Brasil caiu 3,5%, enquanto cresceu 5% o número de crianças registradas apenas pelas mães. Só em 2023, dos 2,5 milhões de nascidos no país – o menor número desde 1977 –, 172 mil deles não receberam o reconhecimento paterno.

Entre janeiro e março deste ano, das quase 603 mil crianças registradas nos cartórios brasileiros, pouco mais de 41 mil receberam apenas o sobrenome da mãe, ou seja, 7% dos registros de crianças feitos nos três primeiros meses do ano. Em comunicado à imprensa, a Arpen Brasil afirma que esse número, infelizmente, tende a crescer.

No primeiro episódio do podcast SEM O NOME DO PAI, vamos compreender os impactos socioeconômicos do abandono paterno. Participam do programa Ana Liése Thurler, doutora em Sociologia; Letícia Campos, especialista no Direito da Mulher; e Virgínia Arrais, doutora em Direito e a 32ª Tabelião de Notas do Rio de Janeiro.

Em cada programa da primeira temporada, você também confere a história de um filho vítima de abandono paterno ou de uma mãe solo se virando para criar sua prole. No Ep. 1, você vai ouvir o relato de uma brasiliense que durante 20 anos não tinha nenhuma pista de quem era seu pai, mas descobriu que ele era um acadêmico importante da área de Tecnologia da Informação. Não perca!
Ouça, curta, comente e compartilhe!!

*Trilha sonora: Free Music Archive e Podcastle (9E6NFHNPDMLTFDHQ, UVMAVTC4JO0FU8P7, AEDGOAIKM7HESQSS, BIQ4Y2MRWRVHKBFY, ZJYFNFO1VEMRBQNT, 7C8ZCSJ7OBYPCOLE)

Ficha Técnica
Idealização, produção, apuração, redação, apresentação e edição: Fernanda de Almeida Peregrino
Trilha sonora: Free Music Archive e Podcastle

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