No episódio final do podcast Último dia no Orfanato Tia Guga, Rico Dalasam narra passagens de seu encontro com a família de Luzia. Do encantamento ao desejo de ser levado pela família dos que já eram seus amigos.

A fé em Santa Luzia, o encontro com Luzia e Davi, o gosto de ser lembrado e a construção dos afetos a partir das relações de amizade no quarto episódio do podcast Último dia no Orfanato Tia Guga.

Para o terceiro episódio do podcast Último dia no Orfanato Tia Guga, Rico Dalasam passeia pelas lembranças de um pequeno ser, cheio de esperança de encontrar e ganhar uma família. A ideia de ser devolvido lhe fora contada por Fatuma, a menina por quem ele teve mais apreço no Orfanato Tia Guga. E a partir (da possibilidade ) dessa imagem Rico vai orientar sua postura ética no mundo, pela observação e escuta do que lhe cerca. E também da disciplina implicada em suas ações em busca de não ser um peso, mas útil em relação às pessoas. Ao lado de Carina Preta, Fatuma eram as meninas maiores do Tia Guga, responsáveis pelas primeiras histórias e imagens absorvidas pelos pequenos do orfanato. A compreensão da diferenciação racial e social, mesmo em um contexto coletivizado de abandono, ali já estão postas aos olhos de Ricardo.

No segundo episódio do podcast Último dia no Orfanato Tia Guga, Dona Ana revive a sensação de segurança que sentiu ao reencontrar parte de sua família. O destino mais uma vez sorri e lhe traz o primo Zeca para perto. Ele a leva até sua irmã Augustinha e com isso Ana retorna à Bahia ao encontro de sua mãe, Marcelina e o restante da família. De volta a São Paulo, anos depois ela ainda acolhe a mãe em sua casa fazendo por ela o que não recebeu quando criança. Em meio a adaptação do filho mais novo, Jeferson Ricardo, a convivência com a mãe se mostra insustentável e Ana percebe que o laço cortado na infância na verdade não teria mais liga.

No episódio de abertura do podcast Último dia no Orfanato Tia Guga, a mãe de Rico Dalasam, Dona Ana, conta sua história de vida. Nascida em 1949, em Uruçuca, na Bahia, ela retoma lembranças e as histórias de família que lhe foram contadas ainda criança. De um lar com mãe, pai e irmãos, Ana viu sua base desintegrar a partir de sua doação e de seus oito irmãos - todos separados - por sua mãe, após a morte de seu pai.

O abandono, o acolhimento por sua “tia” - com quem adquiriu a experiência de fé que lhe acompanha até hoje - o desencontro, a chegada em São Paulo, o desaparecimento, até ser encontrada pela família já na idade adulta.