Medicos Hands-on  By  cover art

Medicos Hands-on

By: marcelo de lima oliveira
  • Summary

  • Esse é um podcast voltado para informar a população sobre saúde: desmistificar a medicina e ligar a ciência de ponta com a público. Promovido pelo Dr. Marcelo de Lima Oliveira doutor pela Universidade de São Paulo e pelo Dr Edson Bor-Seng-Shu médico livre docente pela Universidade de São Paulo, neurocirurgiões e neurosonologistas.
    marcelo de lima oliveira
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Episodes
  • O diagnóstico de morte encefálica é fundamental para doação de órgãos! Dr Leonardo Borges coordenador da Organização a procura de Órgãos, HCFMUSP
    Jul 7 2024

    Morte encefalica á a parada das funções cerebrais, ou seja, não há função do cerebro na região supraespinhal. Mesmo que o cerebro não funcione é possível que os outros órgãos funcionem o que permite a doação de órgãos. Após o advento do respirador mecânico houve possibilidade de perpetuar o paciente respirando artificialmente após a morte do cerebro que comanda os movimentos respiratórios. O doador com morte encefálica é um paciente muito grave, por isso precisa de cuidados para que os órgãos que ainda funcionam possam ser doados, pois a fila de espera ainda é muito grande. Os orgãos são recurso escasso no Brasil e no mundo pois a necessidade de transplante aumenta sem aumentar a disponibilidade. Na Espanha ocorrem 50 doações por milhão de população por ano, no Brasil 16 doações por milhão, sendo destaque o Estado de Santa Catarina 40 por milhão. Outras soluções para reduzir a fila será o transplante de órgãos de animais em humanos. Nos conceitos modernos a vida faz sentido quando o cerebro funciona: o comportamento do cerebro caracteriza uma pessoa. A perda das funções neurológicas pode comprometer a consciência que quando grave chamamos de coma até uma perda completa e irreversível da função cerebral por uma catástrofe cerebral. Dessa forma, com a perda completa e irreversível faz-se o diagnóstico de morte encefálica. Além disso, a causa da perda da função cerebral deve ter causa conhecida. O critério brasileiro para diagnostico de morte encefálica é um dos mais rigorosos do mundo. Importante ressaltar que coma não é sinônimo de morte encefálica, porém todo paciente com morte encefálica está em coma irreversível. O paciente com morte encefálica declarado após os critérios é considerado como morto pela lei criada em 1997 pelo Conselho Federal de Medicina. A resolução foi atualizada em 2017 mantendo segurança e rigor. O diagnóstico de morte encefálica é uma urgência: 1) primeiro para familia ter definição do prognóstico do paciente, 2) para evitar deterioração dos órgãos que podem ser doados, 3) redução dos custos para familia e para o sistema de saúde, 4) liberar vagas para unidades de terapia intensiva. O protocolo brasileiro determina que um médico capacitado por cursos determinados ou experiencia de 10 exames clínicos, deve fazer o primeiro exame neurológico. O segundo médico deve fazer novo exame para confirmar com capacitação e especialidade médica que tenha relação com cerebro como neurologia, neurocirurgia, neuropediatra. Entre os exames há obrigatoriedade de um tempo de observação (pelo menos 1 hora). Após um exame complementar deve ser realizado como Doppler Transcraniano (o mais utilizado), eletroencéfalo. Após o processo completo é possível realizar o diagnóstico de morte encefálica. A familia deve ser comunicada para optar pela doação ou desligar os aparelhos. Quanto a recepção dos órgãos doados, não existe fila, existe o cadastro único para recepção de órgãos. Cada órgão tem critérios de alocação para definir para quem vai o órgão. O primeiro critério é o ABO (tipagem sanguínea) onde o órgão precisa ser compatível com o doador. Em seguido vem a compatibilidade de peso a altura. O receptor precisa de estar em condições de receber o órgão, ou seja, não pode esta infectado. Para rim existe ainda compatibilidade genética (HLA compatível). Fígado não há prioridade de ordem e sim de gravidade do paciente. A data de ordem será apenas critério de desempate entre dois pacientes. A logística também é considerar em decorrência da demora do deslocamento do órgão. Além disso câmaras técnicas formadas por especialistas podem definir de quem é a prioridade através de análise do quadro clínico do paciente. Os critérios de todos transplante são auditáveis e estão a disposição do ministério público. #doador

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    1 hr and 29 mins
  • Com melhorar a voz e a deglutição no paciente com DOENÇA DE PARKINSON? Roberta Bush fonoaudióloga mestre pela Unifesp @robertabush
    Jun 23 2024

    Roberta Busch, mestre pela Unifesp, fonoaudiologia e diretora do Centro Avançado em Disfagia. Dr Marcelo de Lima Oliveira Neurossonologista Hospital Albert Einstein e Doutor pelo HCFMUSP Dr Edson Bor-Seng-Shu Professor Livre Docente HCFMUSP Todos os sinais de rigidez e bradicinesia que aparecem no corpo podem aparecer na região da face, boca e língua. A língua pode ficar lenta e tremula com modificação do som da voz. A voz também pode ter alterações pela prega vocal. Além disso pode haver alteração na deglutição com aspiração da comida que deveria ir para o estômago. Ocorrem também alterações no paladar e olfato; um paciente que não sente cheiro e paladar não sente vontade de comer e dessa forma pode perder peso e massa magra. As alterações de voz normalmente estão associadas à voz fraca por rigidez na corda vocal que permite com que a voz fique graça. Além disso o paciente cansa para falar. O monospeech é a perda da modulação da voz e monotonia da voz, e momolaudness com voz baixa sem intenção no discurso. Na atrofia de múltiplos sistemas ocorre ruído na respiração durante a fala onde a prega vocal fecha durante a inspiração. A lingua pode ficar tremula, festinada sao sinais da Doença de Parkinson e estes sinais podem estar associados às alterações da voz. A face também fica congelada que também prejudica a comunicação. As alterações na articulação da fala são complexas e alterações especificas podem estar associadas com doença de Parkinson e síndromes parkinsonianas atípicas. Há dificuldade da coordenação entre respiração e fala que causa cansaço durante a conversa. Alguns pacientes sao discinéticos para falar com saída do som sem articulação da palavra.Por vezes é necessário um distrator para o paciente falar corretamente, ou seja, um estímulo para que o paciente "destrave" a fala. Importante ressaltar que o paciente com Doença de Parkinson tem pensamento lenificado além da dificuldade da fala e ambos atrapalham a comunicação do paciente. O paciente também tem fadiga sensorial com excesso de barulho e palavras. Durante avaliação o fonoaudiologia avalia pela percepção da voz, mensuração da intensidade vocal do paciente. Na analise acústica avalia-se a mediado do temor, frequência e intensidade da voz. A nasofibroscopia também ajuda na avaliação em pacientes com parkinson. LSVT (Lee Sliverman method - penso forte falo forte) é um tratamento fonoaudiológico especifico que dura um mês com repetição de 4 vezes por semana durante uma hora que inicia com "A" prolongado e repetição de frases do cotidiano, segunda semana frases mais longas, terceira semana leitura de textos e ultima semana conversação. A reposta da técnica é muito boa num tempo muito curto. Algumas técnicas manuais, térmicas, massageadores e laser podem ajudar no relaxamento da musculatura a fim de melhora a articulação da fala. A medicação adequada ajuda na melhora da comunicação do paciente e na efetividade da terapia fonoaudiológica. Importante ressaltar que a repetição de frases, fonemas e leituras há estimulaçao de circuitos neurais nao só motores. Disturbios de deglutição são chamados de disfagia. Alguns pacientes por terem disfunções da musculatura ao invés do alimento ir para o estômago vai para via aérea, e alem disso, o paciente pode ficar parado na boca e na garganta. Isso gera risco de infecçao, desidratação e desnutrição. Os principais sinais são pigarro, tosse e engasgo durante a refeição. Coriza durante a refeição pode ser sinal de mal funcionamento do veo palatino. Muitos pacientes com doença de Parkinson tem alimento parado na garganta e não percebem. Por vezes os remédios da medicação não são deglutidos. Clinicamente a dificuldade na deglutição é percebida por aumento da frequência da deglutição para comer pequenas porções de comida. A comida parada na garganta pode pode dessensibilizar a área e dessa forma, o paciente aspira alimentos sem tossir o que facilita a ocorrência de pneumonia. #fonoaudiologia #parkinson #voz

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    1 hr and 44 mins
  • Avanços da fisioterapia para tratamento da Doença de Parkinson. @tamine_capato Fisioterapeuta HCFMUSP
    May 26 2024

    https://www.parkinsonnet.nl/app/uploads/sites/3/2019/11/diretriz_dp_brasil_versao_final_publicada.pdf Recentes artigos publicados em importantes revistas cientificas reforçam a importância da fisioterapia no tratamento da doença de Parkinson, bem como no auxilio do diagnóstico desta doença. Importante ressaltar que a doença tem sintomas motores e não motores. Os principais sintomas motores são: bradicinesia (dentificação dos movimentos), rigidez, tremor e instabilidade postural. Os não motores são: anosmia, depressão, dor, constipação, entre outros. O tratamento da Doença de Parkinson deve ser individualizado com equipe multidisciplinar onde o exercício e fisioterapia se torna extremamente eficiente para retardo da progressão da doença. O fisioterapeuta deve reconhecer os principais sintomas motores da doença de Parkinson. A interação da equipe multidisciplinar (fisioterapeutas, educadores físicos, fonoaudiólogos, médicos neurologistas e neurocirurgiões) também é importante para o tratamento, assim, como o participação dos pacientes no tratamento e na educação através das associações de pacientes que fornecem informações de qualidade. Estudos recentes mostram que exercícios de alta intensidade em esteira e bicicleta são extremamente benéficos para doença de Parkinson com melhora da função motora, porém, foram realizados em pacientes recém diagnosticado. Estes estudos mostraram modificação de estrutura e função cerebral. Há evidencia que o exercício tem efeito neuroprotetor e modificador da progressão da doença. Taish Shuam, dança, tenis de mesa, entre outros movimentos, melhoram a condição da doença na fase 2 por ativar produção de Dopamina. Na fase 3 a fisioterapia tem o papel importante na adaptação de atividades e treino específico como melhora de postura, equilíbrio e melhora do freezing da marcha. O congelamento é definido por bloqueio da atividade mesmo que haja intenção de faze-la como andar e através do treinamento das tarefas específicas o paciente consegue melhorar seus movimentos. Além do freezing, pode haver outras alterações da marcha, como velocidade, alteração no tamanho do passo, equilíbrio e risco de queda que pode ter o risco quantificado. Uma das maiores preocupações da fisioterapia é a queda e imobilismo que leva a perda da independência funcional com piora do prognóstico do paciente com doença de Parkinson. O programa de prevenção de quedas não reduz o risco da queda, porém melhora a defesa do paciente para cair. Através de alguns exercícios específicos com melhora de reação de proteção e exercícios de alta complexidade podem melhorar a segurança do paciente. A dupla tarefa motora como andar falando ao telefone, carregando um copo ou outros estímulos, faz com que o paciente melhore o equilíbrio e redução no numero de quedas e severidade dos ferimentos após quedas. Estudo recente mostrou redução de 50% das fraturas de quadril decorrentes de quedas. Além disso, a sarcopenia, ou seja, perda de massa muscular é uma causa de queda e deve ser devidamente avaliada. Restaurar função motora ocorre na fase mais tardia da doença (fase 4) que são aqueles paciente com independência modificada. Se o paciente não tiver restrições que interfiram na atividade do paciente como encurtamento muscular, dor e sarcopenia, a familia e cuidadores começam a fazer parte do tratamento, pois através do treino dessas pessoas, as técnicas de mobilidade serão aplicadas nos pacientes por eles. Nesse momento a bengala e o andador podem ser aplicados. Com a progressão da doença cuidados mais especias como a fonoaudiologia para exercícios respiratórios, deglutição, etc... Nesta hora o cuidador é treinado para aspirar os pacientes. Cada caso tem conduta específica. As adaptações também devem ser feitas em casa, por exemplo, se o paciente tem tendencia à quedas os tapetes devem ser retirados, barras de proteção devem ser instaladas, colheres devem ser adaptados, entre outras. #reabilitando #parkinson

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    1 hr and 50 mins

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