Mirante  Por  arte de portada

Mirante

De: Observatório Psicanalítico
  • Resumen

  • Este é o MIRANTE, um podcast para ouvir psicanalistas e pensadores de outros campos debatendo temas relevantes no nosso cotidiano contemporâneo. O MIRANTE é do Observatório Psicanalítico e pertence à Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi). Venha conosco nessa viagem de olhar o mundo a partir do mirante da psicanálise!
    Observatório Psicanalítico
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Episodios
  • Eros, o saber e a política
    May 31 2024

    No texto “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” (1905) Freud nos apresenta a pulsão epistemofílica. Ali, ele sugere que o primeiro problema com o qual a ânsia de saber se esbarra é a pergunta: “de onde vêm os bebês?”. Esse questionamento expressa um receio do infante de que um novo bebê origine uma perda de cuidados e de amor.

    Há uma força, uma pressão, que mobiliza os seres humanos a querer saber sobre si e sobre o mundo. De onde vem, afinal, esse desejo de saber que estimula, aquece, e que é capaz de gerar tantas ações?

    A ideia de ciência surge como resposta frente aos problemas e dificuldades que enfrentamos. Promete emancipação individual e coletiva, progressos e melhoria de vida. Contudo, com o advento da bomba atômica, dos mísseis de guerra e das câmaras de gás para extermínio de seres humanos, a narrativa de que a ciência viria apenas para o bem da humanidade é questionada. A ciência, afinal de contas, é uma produção humana e, como tal, pode ser usada para a destrutividade.

    A busca do conhecimento científico passou, gradualmente, a ser substituída por especulações conduzidas por algoritmos que apenas reafirmam crenças individuais. A opinião pública, tão importante para a cobrança de políticas públicas que gerem mudanças, paulatinamente se distanciou da ciência. Especialistas, por vezes, passaram a ser colocados para escanteio.

    A distopia 1984, de George Orwell, em que há um “Grande Irmão” que determina o que é verdade, tornou-se um a realidade.

    O que fazer para que o discurso o científico volte a se comunicar ativamente com a população e, consequentemente, com o poder público? Como retomar o diálogo entre ciência e política? Como fazer com que as pessoas se interessem mais sobre o mundo do conhecimento?

    Para conversar conosco sobre esse tema convidamos a matemática, filósofa e historiadora Tatiana Roque e o psicanalista Miguel Calmon.

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    57 m
  • As cidades no tempo da dor das mudanças climáticas catastróficas
    May 14 2024

    Entre o final de abril e o começo de maio de 2024, chuvas ininterruptas transformaram-se em violentas águas barrentas. As águas invadiram moradias e, em muitos casos, atingiram a altura dos telhados das casas em várias regiões do Rio Grande do Sul. Em poucos dias cidades foram devastadas e o número de refugiados ambientais tornou-se assustador. O cenário é descrito como o de guerra: faltam água potável e energia elétrica, há escassez de mantimentos, os hospitais estão lotados e o número de mortos e desaparecidos é crescente.

    O desastre ambiental que vivenciamos evidenciou o despreparo estrutural das cidades diante de variações climáticas extremas.

    Apesar dos alertas constantes de cientistas na área ambiental, as autoridades governamentais e parlamentares, em sua maioria, negligenciaram as medidas necessárias para lidar com os eventos climáticos severos. Esses eventos, infelizmente, irão se repetir.

    A tragédia funda um tempo de dor. O trabalho de reconstrução que virá pela frente demandará tempo e envolvimento de muitos corpos e mentes. Será necessário que esse primeiro tempo, da dor extrema, possa, em um segundo tempo, encontrar simbolização e representação. Assim, as experiências traumáticas poderão ser contidas por um continente.

    Nesse tempo incerto e instável o que está ao alcance do trabalho psicanalítico? O que é possível diante de mudanças catastróficas?

    Para conversar conosco sobre esse tema emergencial convidamos o biólogo e professor Paulo Brack e a psicanalista Maria Luíza Gastal.

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    1 h y 40 m
  • A cidade como palco da dança da libido com a destrutividade
    Apr 17 2024

    Como viver juntos? Ou melhor, como continuar a viver juntos?

    Tal como no psiquismo humano, onde uma ferida lateja e nos retira do lugar de imaginarmos ter o domínio em nossa própria casa, uma cidade também é composta por uma miríade de lugares desconhecidos. Charles Baudelaire captou o espírito da cidade moderna ao falar sobre a errância, o caminhardespretensioso, similar a uma atenção flutuante do método psicanalítico, quando escutamos uma história ou andamos por uma cidade sem ansiar encontrar algo específico, até que um susto possa nos mostrar uma relevância e abrir um caminho novo.


    Todavia, são vários os desafios à soltura da errância. Na cidade é possível acompanhar usos e abusos: espaços públicos são privatizados, espaços comuns são apropriados, espaços criados para uma função acabam sendo utilizados para outras funções, a intimidade é exposta como mercadoria de consumo: segregações sociais violentas em deslocamentos urbanos, a febre dos porsches em colisão com pessoas em situação de rua, condomínio e hotéis de luxo ao lado de favelas. A cidade é cada vez mais um lugar de interditos.

    O que é possível fazer para propiciar a construção de laços sociais em uma cidade contemporânea?

    Para conversar conosco convidamos a urbanista Regina Meyer e a psicanalista Magda Khoury


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    1 h y 31 m

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