Nesse episódio conversamos com o Valter Duarte Odará (UFAL) sobre diversos assuntos dentro da temática da filosofia africana. Sobre o trabalho de reescrever a história da filosofia e ampliar o elenco de investigações, afroperspectividade como uma abordagem teórico-metodológica e as filosofias dos povos Yorubá e Kemet.

No episódio de hoje conversamos com Davi Bastos (UNICAMP) que é Editor da série Filosofia e Fé Cristã na Editora Ultimato. Hoje nós trataremos mais detidamente do clássico livro de William Rowe intitulado “Filosofia da Religião: Uma introdução” que recebeu tradução recente para o português. Davi aborda diversos temas tratados por Rowe que passam pelo agnosticismo, o problema do mal e do livre-arbítrio, os milagres e a visão de mundo moderno, além da existência das muitas religiões.

No episódio de hoje conversamos com Bernardo Lins Brandão (UFMG) sobre um dos mais famosos filósofos do neoplatonismo, Plotino. Nossa conversa se inicia através de uma análise do conceito de “modo de vida” e como a Filosofia, em Plotino, pode ser entendida como um modo de vida. Logo em seguida, passando para o texto de Porfírio, outro grande neoplatonista e editor da obra de Plotino, o nosso entrevistado nos mostra como neste pensamento a Filosofia envolvia um certo ascetismo e de que maneira seu fim último era apresentado como uma “união” com Deus. Neste sentido, se comenta porque esta união era importante para o filósofo e de que modo seria possível alcança-la.

Na segunda parte da entrevista, entramos em uma discussão sobre a famosa Enéada I.6, sobre o belo, em que é citada a figura de Narciso. Aquele que se dedica à beleza sensível é apresentado como uma figura narcísica. Bernardo nos explica porque a beleza sensível é descrita como uma “imagem” da verdadeira beleza. Ainda nessa esteira, se discute a relação do belo com o bem e se esclarece porque o belo e o bem não são conceitos redutíveis em Plotino. Finalmente, o nosso entrevistado nos responde sobre um conhecido e polêmico assunto entre os estudiosos de Plotino: sua relação com os gnósticos, nos evidenciando que a crítica aos gnósticos tinha por base não apenas uma censura a determinadas práticas ritualísticas, mas uma falta de cuidado no que tange à virtude.

No episódio de hoje conversamos com o Jonas Arenhart (UFSC) sobre anti-excepcionalismo lógico discutindo a abordagem de Carnap que tinha um tratamento pragmático da escolha da teoria lógica. Tratamos também de epistemologia da lógica, fundamentação e caracterização das teorias científicas bem como a relação entre e ciência e metafísica tomando particularmente o caso da mecânica quântica.

No episódio de hoje William Mattioli (UFRJ) é entrevistado por Orlando Queyroi sobre psicologia e metafísica em Schopenhauer e, especialmente, a partir da abordagem de Nietzsche. Tratamos da relação entre a metafísica da vontade e a psicologia, consciência e vontade, a noção nietzscheana de inconsciente, a relação entre o conceito de vontade de potência e elementos constitutivos da psicologia. Por fim, William falou conosco sobre como o modelo ético-político dos impulsos desenvolvido por Nietzsche permite avançar no tratamento de questões no campo da filosofia da mente e psicologia moral.

No episódio de hoje, Bernardo Gonçalves (USP) é entrevistado por Yuri Nascimento (PPGLM-UFRJ) sobre o célebre teste de Alan Turing, conhecido como "jogo ou teste da imitação". Bernardo discute diferentes versões e interpretações do teste, a fim de apresentar o que ele chama de “dilema do teste de Turing” e defender a tese de que o jogo da imitação é um experimento mental. Além disso, Bernardo discute um outro assunto relevante para filósofos e cientistas da computação no contexto atual de aprendizagem das máquinas: o papel da inferência em um sistema baseado em Inteligência Artificial (IA). Por fim, ele fala conosco sobre a posição de Turing sobre como podemos entender o problema da explicação das inferências de uma máquina e sobre o futuro da IA.

Neste episódio, conversamos com Alexandre Costa (UFF) sobre a Filosofia Pré-Socrática, em especial passando pelas obras de Heráclito, Parmênides, Zenão e Empédocles. Ao abordar questões de método, principalmente salientando o modo como tais filósofos transmitiram suas ideias, Alexandre nos convida a pensar os primeiros filósofos sob novas e abrangentes perspectivas. Nesta linha provocativa, discute-se a clássica querela entre Parmênides de Eleia e Heráclito de Éfeso, dando a ela o devido cuidado, a fim de não promover generalizações ou caricaturas que podem vir a ser construídas. Após esse primeiro momento da discussão, passamos ao eleatismo, discutindo principalmente a figura controversa de Zenão e sua relação com Parmênides. Em seguida, Alexandre trata de um tema de sua predileção, a conexão possível entre música e filosofia, onde ele esclarece como o conceito de harmonía é mobilizado por Heráclito, bem como tal conceito pode ser entendido como "precursor" da teoria e composição musical. Finalmente, concluindo a conversa, adentramos no universo do filósofo Empédocles. No contexto, a filosofia de Empédocles é ressaltada em seus aspectos cosmogônicos e éticos à medida em que se discute de que modo o indivíduo é responsável por resolver-se por essa ou aquela atitude diante das forças antagônicas do amor e ódio. 

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Neste episódio, conversamos com J.-P. Caron (UFRJ) sobre a relação de Hegel com a filosofia analítica, sua influência sobre Wilfrid Sellars e a chamada Escola de Pittsburgh e uma forma global de se enxergar a filosofia. Caron trata também dos pressupostos metodológicos dominantes, aspectos descritivos e normativos do fazer filosófico e seus desdobramentos políticos. Por fim, ele discute a relação entre passado e presente: como utilizar frutiferamente o pensamento de grandes filósofos de outras épocas para compreendermos aspectos contemporâneos sem distorcer aquilo que falaram.