A obra de Mangabeira Unger é filosófica justamente por extrapolar as discussões mais clássicas da filosofia. Quando digo extrapolar, não é no sentido de desviar, mas de dar conta disso e ainda apresentar soluções e indagações para áreas como a economia, o direito, a engenharia de produção e as ciências sociais no geral. Unger domina o passado, o presente e constrói o futuro da discussão em todas estas áreas. Tudo isso a partir da perspectiva emergente de um brasileiro que se lançou ao mundo em uma bem sucedida aventura de conhecer e transformar o mundo. Sua influência como filósofo abrange a formação do ex presidente estadunidense Barack Obama e ter sido o propulsor do movimento dos advogados pelos direitos civis que transformou o curso de direito de Harvard. É muita obra para pouca vida. 

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Dentro da academia, o epicentro da discussão do que vem a ser uma filosofia brasileira paira ao redor de alguns nomes, entre eles o principal talvez seja esse simpático filósofo baiano que tive o prazer de conhecer pessoalmente e intelectualmente através de seus textos. A sua obra é viva e interessada nos desafios do Brasil e do mundo, mas principalmente do Brasil. Neste episódio abordamos a obra de Crisóstomo que foi o escritor da obra que deu sentido ao meu mestrado. Obrigado Doutor Crisóstomo.

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A filosofia brasileira extrapola a academia e enquanto ela pode ser reconhecida e descrita pelo rigor acadêmico, é no cotidiano onde ela cria e expressa seu sentido. Desde a filosofia cruel que justifica a indiferença com os mais pobres nas políticas de austeridade, até a filosofia cheia de amor que cuida do próximo. Em meio a essa diversidade de estruturas filosóficas, a filosofia produzida por Emicida produz uma nova imagem para o país, sem tirar o foco da desigualdade, da miséria, mas também sem a elas render todo o nosso potencial. Ler, ouvir e entender a obra de Emicida é uma experiência rica e muito proveitosa para quem quer compreender o que o Brasil produz de melhor no que diz respeito a filosofia. 

Este episódio faz parte da nossa série sobre filosofia brasileira, se você não ouviu os outros, corre lá.

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Beijão.

O grupo Racionais Mcs representa o portal através do qual o rap passou de um estilo musical para se tornar uma força motriz da sociedade brasileira. Tal força motriz tem seu momento nuclear no album Sobrevivendo no Inferno, lançado em 1997. Ao longo do album os artistas do grupo narram elementos da vida nas periferias brasileiras, formando assim um sistema de pensamento capaz de explicar o Brasil, não de fora pra dentro como é costumeiro, mas de dentro pra fora. Partindo dos espaços mais íntimos e nucleares da sociedade brasileira, de onde a coruja dorme, o grupo RacionaisMcs trouxe à tona uma nova face do Brasil. A medida que expõe causas, consequências, revela um horizonte e determina um núcleo epistemológico, é indiscutível sua relevância como filosofia brasileira. 

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Muito falamos de filosofia, mas pouco falamos sobre o que fazemos aqui no Brasil. Temos uma forma original de pensar? Ou será que nosso único mérito é reproduzir e reorganizar o que outros países produziram? Existe filosofia brasileira? Tobias Barreto, Silvio Romero e Roberto Gomes respondem que sim. 

Este episódio faz parte de um especial de três episódios sobre o pensamento acadêmico e não acadêmico do Brasil, então além destes três acima citados abordaremos também a filosofia produzida por Racionais Mcs e Emicida. 

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Quais as chances de um filósofo assumidamente nazista estar presente no livro didático do ensino médio no Brasil? E as chances desse filósofo ser presença no ENEM? 100%.

Martin Heidegger, foi um filósofo nazista, que já caiu no ENEM e tem tudo para estar presente novamente.

Embora a existência de vínculo entre seus livros e a teoria nazista seja objeto de disputa, uma coisa é certa: Ele praticou todos os atos típicos desde a filiação ao partido até a perseguição de judeus. Embora tenha sido considerado inapto para continuar a lecionar após as forças francesas ocuparem a Alemanha, a influência de Heidegger na filosofia é imensa. Suas ideias, além de estarem presente nos livros didáticos, também estão indiretamente presentes no que chamamos anteriormente de Quarta Teoria Política, a filosofia política de Putin. O tema da obra de Heidegger é a fenomenologia e a existência humana. Profundamente preocupado com as formas de vida sem autenticidade, ele descreve como a angústia pode ser uma ferramenta de reconstrução do sujeito.

Quer aprender o básico sobre a filosofia dele em menos de 10 minutos? Ouça o episódio.

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Muita gente tem dúvida sobre por onde começar a estudar para o conteúdo de filosofia e de humanidades como um todo. Parte da dúvida advém do fato de ser um conteúdo extremamente extenso que envolve não apenas a ordem dos fatos, mas os motivos, as pessoas e as ideias envolvidas ao longo da história humana. 

No entanto, você não precisa mais ficar confuso e com frio, pois nesse episódio eu vou te dar o roteiro para começar e terminar de estudar o conteúdo de humanidades, e de filosofia especificamente.

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Este episódio faz parte de uma série de 5 episódios que abrangem o básico sobre cada período da história da filosofia (antiga, medieval, moderna e contemporânea.) A proposta é que em 5 minutos você saberá o básico para poder localizar cada autor e tema em sua época. As regras que seguimos aqui são:

1. Cade episódio terá apenas 5 minutos.
2. Cada episódio terá como trilha de fundo músicas do período mencionado.
3. Cada episódio terá a marca temporal do período a que se refere, a explicação das principais características do período e, por fim, a explicação sobre o período da filosofia propriamente dito.

Eu sou Marcelo Silva, Mestre em Filosofia pela UFES e doutorando pela UFRJ.

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