• Jogos Olímpicos Paris 2024: pesquisadores franceses estudam doping genético, em teoria possível

  • May 22 2024
  • Duración: 8 m
  • Podcast

Jogos Olímpicos Paris 2024: pesquisadores franceses estudam doping genético, em teoria possível  Por  arte de portada

Jogos Olímpicos Paris 2024: pesquisadores franceses estudam doping genético, em teoria possível

  • Resumen

  • A poucos meses dos Jogos Olímpicos Paris 2024, aumenta a preocupação com possíveis casos de doping nas competições. Recentemente, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, alertou sobre os riscos potenciais dos avanços médicos impulsionados pela Inteligência artificial e a bioquímica, capazes de permitir “trapaças” cada vez mais sofisticadas. Maria Paula Carvalho, da RFIO assunto ganhou ainda mais destaque, há pouco mais de uma semana, após a revelação de que nadadores chineses testaram positivo para um medicamento para o coração, a trimetazidina (TMZ) - que pode melhorar o desempenho - antes das Olimpíadas de Tóquio, em 2021.Os atletas não foram suspensos ou sancionados pela Agência Mundial Antidoping (WADA na sigla em inglês), que aceitou a explicação das autoridades chinesas de que os resultados haviam sido causados pela contaminação de alimentos num hotel onde os nadadores se hospedaram. O COI disse confiar na Agência.Em Paris, médicos, farmacêuticos e enfermeiros estão sendo treinados para suprir a necessidade de técnicos antidoping para os Jogos Olímpicos. São três dias de formação para aprender a fazer exames e a manipular amostras. E então, eles podem se candidatar a atuar nas competições. "Vamos precisar de aproximadamente 300 técnicos antidoping para os Jogos Olímpicos. Estamos tentando aumentar a oferta com essa formação. Os demais serão recrutados em outros países europeus. Mas não vamos submeter à organização Paris 2024 candidatos sem condições", explica Adeline Molina, secretária-geral da agência francesa antidopagem (AFLD).Doping genéticoOutra preocupação concreta dos organizadores dos Jogos Paris 2024 é o doping genético, mesmo que, até hoje, nenhum caso ter sido oficialmente detectado. Em abril do ano passado, o Parlamento francês adotou um projeto de lei autorizando o Laboratório Francês de Antidoping a recolher amostras de sangue e realizar testes genéticos mais sofisticados, que incluem a detecção de mutações naturais ou outras técnicas. A RFI foi até a cidade de Nantes, no oeste da França, entrevistar o engenheiro e biologista Bruno Pitard. Ele explica que os avanços da tecnologia de manipulação do RNA e do DNA tornaram possível, através da introdução de um gene, a produção natural do EPO. Este hormônio do crescimento melhora a oxigenação nos tecidos e, desta forma, o desempenho dos atletas. “O que fizemos no nosso laboratório em Nantes: pegamos a sequência de aminoácidos do EPO, fabricamos o RNA correspondente e administramos em animais, o injetando no tecido muscular, que começará a produzir o EPO, que será secretado pela fibra e entra no sangue e na medula óssea, atuando no aumento da produção de glóbulos vermelhos”, explica o diretor do CNRS, o Centro Nacional de Pesquisas Científicas do país, que há 30 anos estuda a terapia gênica e as técnicas de RNA mensageiro. “Tudo isso me parecia futurista, mas é verdade que os laboratórios antidoping têm razão em se interessar por essa problemática, porque progressivamente nos aproximamos cada vez mais de coisas possíveis e realizáveis nos humanos", completa. Há 15 anos, Bruno Pitard conseguiu fazer com que camundongos passassem a produzir naturalmente o EPO em seu laboratório na Universidade de Nantes, injetando diretamente o gene do hormônio de crescimento no músculo dos animais. Como as experiências são restritas aos laboratórios, Bruno acredita que seria difícil para os atletas terem acesso a essa tecnologia. E, caso utilizassem, por exemplo, a mesma plataforma das vacinas da Covid-19 para produzir EPO, correriam sérios riscos de saúde, como o desenvolvimento de uma anemia autoimune, por exemplo. Mas, isso não torna o doping genético impossível. E, através da terapia gênica, ele seria praticamente indetectável. “No caso da terapia gênica, poderíamos ter uma expressão do EPO a médio ou longo prazo. Isso permitiria ao atleta injetar a substância bem antes das competições,” afirma. A molécula isolada de EPO sintética já existe há anos no mercado e é usada para tratar pacientes com insuficiência renal e anemia, aumentando a taxa de glóbulos vermelhos no sangue. O que mudou é que, agora, há maneiras de ensinar ao corpo, graças às técnicas de RNA mensageiro, como produzir naturalmente essa substância. Nada disso ainda foi testado em humanos e não se sabe quais seriam os efeitos colaterais dessa produção extra do EPO no organismo de um atleta. Mas o cientista afirma que o doping genético é, do ponto de vista teórico, possível. Há cerca de dois anos, a equipe de Bruno Pitard testa a injeção do EPO utilizando o RNA mensageiro em primatas, para tratar a insuficiência renal e a anemia. “Inventamos um vetor que não é vetor utilizado no caso da vacinação contra a Covid-19, formado por partículas de lipídios. Nós inventamos uma outra ...
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