Episodios

  • Reginaldo Gomes: Roraima está encravada no coração da Ilha das Guianas
    Jul 9 2021
    Você sabia que Roraima fica dentro de uma ilha? Já havia parado para pensar nisso ou nunca cogitou essa possibilidade? Pois é. Roraima faz parte da Ilha das Guianas, um complexo geológico encravado na América do Sul e que, nos anos de colonização, durante o Brasil Império, foi alvo de cobiça por suas riquezas e serviu de cenário para conflitos entre indígenas, europeus, mercenários e piratas. Parece coisa da franquia de filmes “Piratas do Caribe”, mas não é. E quem sustentou e provou a tese de Roraima como parte integrante da Ilha das Guianas foi o professor-doutor Reginaldo Gomes, da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Ele é o nosso entrevistado deste episódio do podcast de cultura, Macuxicast.
    Reginaldo Gomes é autor, dentre outros, de quatro livros que evidenciam a sua expertise de professor/pesquisador/investigador na área da História da Amazônia. As obras foram lançadas recentemente e são um achado para quem quer saber mais sobre a história de Roraima, enfim, para quem busca entendimento amplo sobre o que vem a ser Ilha das Guiana e a Amazônia Caribenha. Neste episódio do Macuxicast, nós conversamos sobre o processo de construção dessas obras, quais sejam: Amazônia Caribenha - Memória e História - O trajeto e o desdobramento em outras narrativas históricas de uma família nordestina para Roraima; Amazônia Caribenha - Processos históricos e os desdobramentos socioculturais e geopolíticos da ilha das Guiana; Projeto Kuwai Kîrî - A experiência amazônica dos índios urbanos de Boa Vista; e, por fim, Fazenda e Trabalho na Amazônia - O caso Berbice (1726-1736), do qual foi organizador.
    Autoridade em história da Amazônia e de Roraima, o professor Reginaldo Gomes tem viajado o mundo nos últimos anos, garimpando documentos que comprovem e fundamentem sua tese. E, como bom investigador acadêmico, ele percorreu universidades da Guyana ao Suriname, de Roraima à Holanda e, assim, conseguiu reunir documentos históricos e cartográficos que comprovaram a sua tese. Sua empreitada foi exitosa. Gomes conseguiu mudar a cartografia deste pedaço da América do Sul e, assim, fez inserir no mapa o traçado da Ilha das Guianas, da qual Roraima faz parte, com toda sua exuberância e herança histórica, e a marca das influências da cultura caribenha.
    Os países Guiana e Suriname ficam no centro da Ilha das Guianas, território único que compõe maior ilha marítifluvial do planeta. Isso significa que a Ilha das Guianas é, ao mesmo tempo, atlântica, caribenha e amazônica, tendo como principais demarcações os dois principais rios do norte da América do Sul, o Amazonas e o Orinoco, e interconexão natural entre eles pelo canal Cassiquiare e o rio Negro. Já sua parte setentrional é dividida meio pelo rio Essequibo. Além de Suriname e Guiana, esse território é compartilhado, aqui no Brasil, pelo estados de Amapá, Roraima e a calha norte do Amazonas de todo o estado do Pará e do Amazonas e também pela Venezuela – passando pelos estados de Delta Amacuro, Bolívar e Amazonas – além da França (Surimane).
    A Ilha das Guianas tem uma área total de 1,7 milhão de km² e quase sete milhões de habitantes, considerando a localidades limítrofes, com cidades industriais como Manaus, Puerto Ordaz e Linden, além de polos regionais como Boa Vista, Macapá, Caiena, Puerto Ayacucho e São Gabriel da Cachoeira. (Informações da revista Carta Capital)

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    22 m
  • Bebeco, o doutor das notas, acordes e canções
    Mar 12 2021
    Bebeco Pujucan poderia ter sido um advogado como outros de sua família, mas optou por trilhar o caminho da arte e atuar na área da composição e da produção musical (e até como ator se surgem oportunidades).   
    À sombra das árvores do quintal do Parixara, nome do estúdio que montou assim que voltou dos estudos musicais no Rio de Janeiro, Bebeco cria músicas, fomenta iniciativas culturais de seus parceiros e cria novos projetos, sempre de olho no próximo desafio a ser superado.
    A décima-sétima edição do Macuxicast traz um pouco da jornada deste polivalente agente cultural de Roraima, abrindo espaço para seus planos futuros. Confira e compartilhe. 
    Siga-nos no Twitter e no Instagram: somos @macuxicast, o podcast de cultura da Amazônia.

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    35 m
  • Eli Macuxi, uma mulher entre causas e versos
    Mar 5 2021
    Ela é apaixonada por poemas aliterados. E por gatos. Uma mulher múltipla, como todas. E mais um pouco. Professora, poeta, historiadora, poeta, mãe, poeta, fotógrafa, poeta. Eli Macuxi, poeta. Ela é a nossa entrevistada deste episódio do Macuxicast.
    Como professora, Eli é amada. Como ativista de tantas causas, afiada, cortante, certeira. No campo da poesia, virou objeto de estudo. Dona de uma voz terna, ela se diz movida pela raiva, muitas vezes. Uma raiva indignada que a impulsiona a criar poemas escritos ou imagéticos, congelando e eternizando momentos.
    Nossa conversa com Eli Macuxi mostra um pouco do muito que é esta mulher. Entre uma frase e outra ela sorri, enquanto seu peito grita por alguma causa já adotada ou por vir. Porque ela nunca para. Ainda bem.
    Aperta o play e confere o novo episódio do Macuxicast.

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    28 m
  • Eliza Menezes: uma mulher diversa, um ser de versos
    Feb 26 2021
    É surfando entre a razão e a emoção que ela passa seus dias. Tem na escrita uma paixão antiga. As palavras e as imagens estão no seu cotidiano de uma forma íntima e pessoal, uma vez que ela é escritora e seu companheiro e parceiro de arte é jornalista e fotógrafo. Nossa entrevistada deste episódio é a poetisa Eliza Menezes, escritora e professora de Filosofia.
    A artista roraimense tem usado as redes sociais e demais ambientes digitais para divulgar seu trabalho prolífico nessas duas áreas. O resultado não poderia ser outro que não encantamento. Natural de Bauru (SP), Eliza passou a adolescência e início da vida adulta no Amazonas, onde passou a ter contato mais profundo com a terra e a natureza. Mora em Roraima há quase 11  anos.
    Junto com o marido, Pablo Felippe, Eliza desenvolve projetos na internet ligados a produção de vídeos relacionados a literatura e a Filosofia, como o Literatura Audiovisual, Filosofia Descomplicada, o Blog e canal Dois Gatos Pretos (YouTube), além do projeto Poesia da Luz Vermelha em parceria com Francisco Alves. Neste ano de 2021 deve sair seu primeiro livro de poesia: Deusa da Mata.
    Quer saber mais sobre Eliza Menezes? Então aperta o play e confere o mais novo episódio do Macuxicast que, modéstia à parte, está demais!

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    34 m
  • Macuxicast - Ricks faz do Grafitti Art sua lente para o mundo
    Feb 19 2021
    Houve um tempo em que o Grafitti Art era uma prática marginalizada. O grafiteiro era um marginal, no sentido pejorativo do termo. Mas, nessas voltas que o mundo dá, o Grafitti virou cool e passou a ser apreciado nos maiores e melhores salões e galerias de arte do mundo. Os artistas marginais viraram artistas cultuados. É nesse contexto, tendo vivido toda essa trajetória, que se insere o artista roraimense Ricardo Rodrigues Aguiar, ou simplesmente Ricks.
    O nosso entrevistado teve contato com o Grafitti Art ainda na adolescência e se encantou. Depois de perder o pai, ainda adolescente, Ricks passou um tempo desmotivado para continuar, mas logo voltou a ser fisgado pelas cores e pelo ambiente libertário da cultura de rua: grafitagem, hip hop e break. Estava escrito que aquele era o seu lugar.
    A partir dos anos 1990, Ricks não parou mais e hoje ele é um dos talentos de Roraima nesta arte. Já participou de grandes eventos locais e fora do estado. Ricks é uma das referências do Grafitti Art no Extremo Norte.
    Ouça a entrevista e constate, você mesmo, que Ricks sabe do que fala e porque fala. É só apertar o play.

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    36 m
  • Geni e o Zeppelin - Artistas amazônidas vão clássico ao pop com maestria
    Feb 11 2021
    Eles são o que pode se chamar de artistas refinados com cara de ogros, mas donos de uma sensibilidade sem igual. Têm influência no Rock and Roll e na música popular brasileira, mas fazem um som com uma pegada erudita, quase clássica. Uma mistura de sons, estilos e poesia que embevece a alma de todos que entram em contato com sua música.
    Instrumentistas dos bons, os músicos  J. Vilela e Elson Arcos são dessas raridades da Cultura Amazônica que causam espanto, tamanho é seu talento.
    Elson Arcos diz que sua influência musical começou dentro de casa, pois sua mãe ouvia muita música internacional nos anos 1980. Não era cantora, mas cantava. Seu pai, por sua vez, era uma espécie de músico amador, apaixonado por chorinho. E tocava.
    Um veio do Pará e o outro do Amazonas para se encontrarem casualmente em Roraima, numa união daquelas que só a arte é capaz de provocar. No primeiro encontro, ficaram apenas nas boas impressões.
    Anos depois, Arcos e J. Vilela se reencontraram, firmaram parceria e decidiram criar o extraordinário projeto Geni e o Zepelim. Isso mesmo, o nome é baseado na música homônima, de Chico Buarque.
    Eles são nossos entrevistados neste episódio do Macuxicast.
    Visite nosso site: Macuxicast| E o nosso Instagram: @Macuxicast

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    34 m
  • Confissões literárias de um ex-seminarista. Conheçam Francisco Alves
    Jan 29 2021
    Negro. Pobre. Filho de mãe faxineira e pai garimpeiro. Fruto da periferia. A história de vida do escritor roraimense Francisco Alves é comum a milhares de outros jovens igualmente pretos, pobre e periféricos. Pessoas olhadas com desdém pela sociedade de pele clara. Mas, no caso do nosso entrevistado, ele se apossou de todos esses elementos que o construíram enquanto sujeito e transformou tudo no combustível da sua escrita. E que escrita.
    Vítima de assédio no seminário, onde estudava para ser padre, Francisco se desiludiu com a busca religiosa e decidiu viver tudo, intensamente. Uma acusação de roubo logo que entrou na universidade para cursar Letras mostrou-lhe mais um pouco da aspereza e dureza do mundo. Os olhares enviesados para o seu cabelo crespo, sua pele escura, seus lábios grossos não passavam despercebidos. Mas ele não se vitimou. Ele reagiu. Reagiu escrevendo. Reage até hoje. E, então, nos brinda com obras vigorosas, que falam muito da nossa brasilidade cheia de nuances, que tenta esconder um racismo sempre latente debaixo do tapete.
    Francisco Alves é desses escritores prolíficos, que passeiam por gêneros diversos como o conto, o romance e a poesia com a facilidade de quem troca de roupa. Vai da prosa para o verso com muita elegância e profundidade. É sempre visceral. Diz coisas que só quem vivem o que ele viveu pode dizer. Ele se diz um escritor barroco, que prosa densa.
    Nesta conversa com o Macuxicast, Francisco também fala sobre seu web programa no Youtube, onde fala da arte de escrever e entrevista escritores. É versátil como só ele sabe ser.
    Aperta o play e confere a nossa conversa com Francisco Alves

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    37 m