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Cafezinho

By: Luciano Pires & Café Brasil Editorial Ltda
  • Summary

  • Uma pausa para o café com média de 2 minutos e meio de Iscas Intelectuais sobre comportamento, sociedade, política, economia, educação… tudo aquilo que envolve a complexidade de ser humano.

    2024 Luciano Pires & Café Brasil Editorial Ltda
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Episodes
  • Cafezinho 621 - Obrigado por me chamar de ignorante
    Apr 26 2024

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    Meus escritos são simples, meu português é nada mais que mediano, minhas ideias nunca foram sofisticadas. Mas estou além do entendimento de uma parcela importante dos brasileiros. Nunca me conformei em me nivelar por baixo. Sempre que me dirijo a qualquer pessoa, falando ou escrevendo, procuro estar um degrau acima do que – imagino – seja sua capacidade de compreensão. Falo com uma criança de seis anos como se ela tivesse oito. Um jovem de quinze anos como se tivesse dezoito. Um estudante secundário como se fosse universitário. Acredito que assim eu estimulo a pessoa a subir um degrau. A evoluir.

    Não consigo tratar adultos como crianças. Ao ver as propagandas políticas, por exemplo, você não tem a impressão de que a qualquer momento o candidato dirá “o titio vai levar você no cinema?” São textos rasos, num linguajar tosco, que deixam claro que para os marqueteiros, povo é um agrupamento de miseráveis ignorantes, analfabetos e incapazes, que devem ser conduzidos da forma mais infantil possível. Aí cabe a musiquinha de fundo, o sotaque caricato, o português errado, os desenhinhos, os exemplos dos miseráveis, os sonhos minúsculos… A coisa só esquenta quando os adversários baixam o nível e começam com os xingamentos: treta!!!!

    Afinal, qual é o esforço intelectual para perceber que duas pessoas estão se agredindo? Pouquinho, né? Isso é uma pena.

    Quem nivela por baixo, mantem as pessoas onde estão, fala sempre a partir de um degrau abaixo, dificilmente estimula reflexões que prestam. Usa as técnicas maravilhosas do marketing e da comunicação para manter a mediocridade, caso contrário a turma não entende… Essa infantilização não faz bem para a sociedade. Não ajuda a amadurecer os debates. Não estimula ninguém a crescer. E com nosso sistema educacional falido e os meios de comunicação ricos em fórmulas prontas, essa infantilização colabora para que a mediocridade seja não só mantida, mas incentivada.

    Seja raso. Não sofistique. Ninguém vai entender. E as consequências estão aí.

    Afundados na ignorância, incapazes de sair atrás dos estímulos intelectuais, preferimos acreditar nas verdades simplificadas, nas soluções milagrosas simples de entender, sabe como é? Interpretamos os fatos com base em nosso reduzido repertório. Tiramos nossas conclusões superficiais ou apressadas. Atribuímos as conclusões que nós tiramos a um terceiro e depois atacamos esse terceiro por causa da conclusão que nós tiramos.

    Repare como é isso, especialmente nas mídias sociais. Esta semana perdi um tempo precioso dialogando com um sujeito que entendeu o que eu não escrevi. E quanto mais eu explicava, mais ele interpretava e queria discussão. Quando finalmente desisti e comentei que eu podia explicar para ele, mas não podia entender por ele, o cara respondeu:

    – Obrigado pela forma carinhosa de me chamar de ignorante.

    Percebeu? O que para mim era “você pensa diferente”, para ele era “você é um ignorante”.

    Cada um entende como quer. Ou como pode.

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  • Cafezinho 619 - Don´t make stupid people famous
    Apr 12 2024

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    Há um texto que circula há tempos pela internet com o título de FILOSOFIA DE VIDA SEGUNDO CHARLES SCHULZ. Schulz é o criador da série Peanuts, aquelas tirinhas com o garoto Charlie Brown e seu cachorro Snoopy. Vamos a ele? O texto propõe um exercício:

    1. Enumere as cinco pessoas mais ricas do mundo.
    2. Enumere as últimas cinco vencedoras do Miss América.
    3. Enumere dez pessoas que ganharam o Prêmio Nobel ou Pulitzer.
    4. Enumere as últimas seis pessoas que venceram o Oscar como melhor ator e atriz.
    5. Enumere os últimos dez times que venceram a Copa do Mundo dignamente.

    Como é que você se saiu, hein? A questão é que nenhum de nós se lembra de muitas pessoas que foram manchete no passado. E olhe que nenhum deles chegou em segundo lugar, são os melhores em seus campos de atuação. Prêmios perdem o brilho, conquistas são esquecidas, diplomas e certificados são enterrados com seus donos. Então o autor propõe que mudemos o exercício:

    1. Enumere alguns professores que ajudaram você de verdade durante os tempos de escola.
    2. Enumere três amigos que te ajudaram durante um período difícil de sua vida.
    3. Enumere cinco pessoas que te ensinaram e mostraram coisas valiosas.
    4. Pense a respeito das pessoas que te fizeram se sentir valioso e especial.
    5. Pense em cinco pessoas com as quais você gosta de estar.

    É muito mais fácil, né? A lição? As pessoas que realmente fazem diferença na sua vida não são aquelas com as maiores e melhores credenciais, com mais dinheiro, maiores prêmios ou status. Não são aquelas que têm milhares de seguidores ou que aparentam ser as tais. Não são os influencers que aparecem a cada clique. São aquelas que se importaram com você, que lhe deram atenção. Causaram impacto sobre seu futuro. E vão ficar gravadas em sua memória para sempre.

    Entendeu? As pessoas que verdadeiramente impactam sua vida estão aí do seu lado.

    Don´t make stupid people famous.

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  • Cafezinho 618 - Uma descoberta no Polo Norte
    Apr 5 2024

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    Em 2008 eu embarquei numa viagem até o Polo Norte, que foi um dos grandes acontecimentos em minha vida. No relato da viagem, publiquei alguns vídeos mostrando o sol brilhando lá fora, à meia noite e vinte minutos. Era o sol da meia noite. Pergunta se consegui dormir? Mesmo fechando todas as janelas e provocando uma noite artificial dentro do quarto, meu corpo e mente não me deixavam dormir. Eu havia bagunçado meu ritmo circadiano.

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