A História repete-se

By: Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho
  • Summary

  • Um diálogo descontraído em torno da História, dos seus maiores personagens e acontecimentos. 'A História repete-se' não é uma aula, mas quer suscitar curiosidade pelo passado e construir pontes com o presente. Todas as semanas Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho partem de um ponto que pode levar a muitos outros... São assim as boas conversas.

    2024 Expresso
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Episodes
  • A Índia britânica e a independência do Paquistão e da Índia (14 e 15 de agosto de 1947)
    Aug 14 2024

    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre a Índia britânica, o Raj britânico, que durou de 1858 a 1947. Em 1858, os territórios indianos sob administração da Companhia das Índias Orientais passaram para a administração direta das autoridades britânicas, isto na sequência da “revolta dos cípaios”. Seguiu-se um período de desenvolvimento do sub continente, que beneficiou os britânicos, mas não os indianos. A culminar esta fase, a Rainha Vitória foi proclamada Imperatriz da India, em 1876. As elites indianas, de início colaborantes com os britânicos, começaram a dar mostras de insatisfação com o modelo de colonização. Em 1885, foi criado o Congresso Nacional Indiano que, a partir de princípios do século XX, começou a reivindicar o autogoverno para a Índia. Os protestos tomaram diversas formas, como o boicote a produtos britânicos e outras ações não violentas. Estas foram lideradas a partir da década de 1920 por Gandhi. A independência da Índia era, porém, um processo complexo, pois o Congresso Indiano, de base hindu, defendia a existência de um único estado, enquanto que a Liga Muçulmana defendia a existência de dois estados separados, um para hindus, outro para muçulmanos. A II guerra mundial esgotou o Reino Unido e tornou-se claro que a independência da Índia iria concretizar-se a curto prazo. Em 1946, o primeiro ministro trabalhista Clement Atlee nomeou Lord Montbatten para vice Rei da Índia, com o objectivo de negociar a Independência até 1948. Montebatten conseguiu enquadrar os mais de 500 principados no novo estado da Índia, mas não conseguiu que a Liga Muçulmana aceitasse integrá-lo. A 14 de agosto de 1947, o Paquistão proclamou a sua independência, sendo que a Índia o fez no dia a seguir. O acordo de fronteiras, negociado de forma precipitada e secreta, originou um êxodo de milhões de hindus e muçulmanos, sobretudo na província do Punjab, e o início de um conflito entre Índia e Paquistão pela região de Caxemira.

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    43 mins
  • A outra cruzada e a Inquisição Medieval: a “heresia” dos Cátaros
    Aug 7 2024

    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre o movimento dos cátaros, considerado pela Igreja de Roma como uma “heresia”, e combatido por cruzadas e pela inquisição medieval. Com raízes no cristianismo primitivo, o catarismo foi particularmente popular durante os séculos XII e XIII no Languedoc, região da Occitânia, onde era praticado por cerca de metade da população e protegido pelos condes de Toulouse. Em 1119, o catarismo foi condenado como heresia no concilio de Toulouse e o papa enviou pregadores para o Languedoc com o objectivo de convertê-los. No entanto, esta pregação não produziu resultados. Em 1208, e depois do assassinato em Toulouse do legado papal, Inocêncio III decidiu pregar a cruzada contra os cátaros. No ano seguinte, cerca de 20 000 cavaleiros e 200 000 peões comandados por Simon de Monfort avançaram do norte de França para o Languedoc, onde cometeram as maiores atrocidades. Era o início de um conflito de décadas pelo controlo do Languedoc que, numa fase inicial, também envolveu o rei de Aragão. Como resultado, estas cruzadas fortaleceram o poder da Igreja de Roma e do Rei de França. Pelo contrário, significaram o fim do catarismo, o fim das ambições de Aragão em solidificar um estado transpirinaico, e um golpe nos traços distintivos da região da Occitânia, até então um dos expoentes da cultura medieval.

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    42 mins
  • A Guerra de Sucessão de Espanha e a única vez que um exército português entrou em Madrid
    Jul 31 2024

    Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre a guerra de sucessão de Espanha, que decorreu entre 1701 e 1713. Este conflito teve início após a morte sem descendência de Carlos II, o último rei de Espanha da dinastia Habsburgo. Então, o trono foi disputado entre Felipe de Bourbom, neto de Luis XIV de França e apoiado por este reino, e o arquiduque Carlos de Habsburgo, irmão de Leopoldo I, imperador do Sacro Império, que era apoiado pelo exército imperial, pelos ingleses e os holandeses. De início, Portugal apoiou o candidato francês mas, em 1703, juntou-se à aliança inglesa e holandesa e passou a apoiar o arquiduque Carlos de Austria. Foi neste contexto que, em 1706, um exército aliado, maioritariamente português e comandado pelo marquês das Minas, entrou em Madrid e aclamou o arquiduque austríaco como rei de Espanha. A guerra de sucessão de Espanha só terminou em 1713, com a assinatura da paz de Utrecht e o reconhecimento por quase todas as partes de Felipe V de Bourbom como rei de Espanha. Este desfecho resultou na aproximação de França e Espanha e na afirmação da Inglaterra como grande potência europeia. No caso português. marcou a opção decisiva pelo alinhamento diplomático e económico com a Inglaterra.

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    48 mins

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