O Instituto Valenciano de Arte Moderna (IVAM) é a casa da exposição 'O poder com que saltamos juntas: mulheres artistas em Espanha e Portugal entre a ditadura e a democracia', aberta ao público até o dia 29 de setembro. Conversamos com Giulia Lamoni, uma das curadoras dessa mostra ao lado de Patricia Mayayo. A estrutura da exposição propõe conversas entre as obras das mulheres artistas que trabalharam nos dois países no período de transição entre o fascismo e a liberdade. Giulia Lamoni nos detalha que essa produção artística abarca um amplo leque de estilos e suportes para tratar de temas como a violência sexual, os papéis de gênero socialmente construídos, a maternidade e a sociedade do consumo. Cada parte da exposição começa com a citação de um trecho da obra feminista 'Novas cartas portuguesas', publicada em 1972 por Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta. Na época, o livro foi censurado e as autoras chegaram a ser processadas – sua absolvição aconteceu somente após a Revolução dos Cravos.

Conversamos com a cientista política Beatriz Rey, pesquisadora na Universidade de Lisboa, pós-doutoranda na Universidade de São Paulo e colaboradora da Fundação PopVox nos Estados Unidos, país onde ela viveu e trabalhou por mais de uma década. Beatriz Rey acaba de lançar um livro sobre seu amor ao Congresso Brasileiro e nos conta por que admira essa instituição, ressaltando que respeitá-la e defendê-la não significa reverenciar as pessoas que ocupam cargos legislativos. Seu livro 'My News explica: o Congresso Brasileiro' explica o funcionamento específico dessa casa legislativa e também aborda a história e a importância do Poder Legislativo em diversos países. Por isso, também falamos com a cientista política sobre boas práticas que podem ajudar a combater o sentimento antipolítico da cidadania em relação a essas instituições, que, apesar de imperfeitas, são as que garantem a existência das democracias.

Em 2024, o cacau é a commodity agrícola que mais se valoriza e já atingiu seu maior valor desde 2020. A crise climática e as pragas estão afetando os cultivos na África, continente que representa cerca de 54% da produção mundial de cacau. Com a pressão do aquecimento global e as mudanças do clima, o produto passa pela pior crise em 40 anos. No Brasil, que é o sexto produtor do planeta, a barra e o bombom de chocolate acumularam uma alta de 35% entre janeiro de 2020 e maio deste ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para entender se a Europa, incluindo a Espanha, poderia ficar sem chocolate daqui a uns anos, nossa colaboradora externa, Valeria Saccone, correspondente no Rio de Janeiro, entrevistou o economista André Braz, coordenador dos índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-IBRE) e especialista em política monetária e inflação.