Narrações HN até a Amazônia com AK  By  cover art

Narrações HN até a Amazônia com AK

By: Instituto Tomie Ohtake
  • Summary

  • Exposição Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak
    Textos: Instituto Tomie Ohtake

    https://www.institutotomieohtake.org.br/exposicoes/ate-a-amazonia-com-ailton-krenak/

    Audiodescrições e narrações
    Roteiro: João Paulo Lima
    Consultora: Gislana Monte Vale
    Narração 01: Luã Apyká
    Narração 02: Claudio Rubino
    Edição de áudio: Kerensky Barata
    Coordenação e revisão: Claudio Rubino
    Copyright Instituto Tomie Ohtake
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Episodes
  • 09 Apresentação Yanomami
    Nov 8 2023
    Yanomami
    Roraima e Amazonas, Venezuela
    Tempo de contato – mais permanente há cerca de 70 anos
    Língua Yanomami
    Aproximadamente 28 mil (no Brasil)

    Os Yanomami, em seus diversos subgrupos que se deslocam e criam suas aldeias
    nas florestas do extremo norte do Brasil, talvez sejam o último grande grupo
    humano vivendo de forma tradicional e livre, com seu conhecimento, sabedoria e
    arte à semelhança de seus ancestrais criados por Omame.
    Durante milhares de anos viveram com saúde, desenvolvendo suas tecnologias da
    floresta, sem nenhuma dependência do mundo que se agitava e se fechava em
    torno de suas aldeias. Referências sobre eles existem em relatos desde o começo
    do século XX, mas a pressão dos “nape” – os estrangeiros/inimigos – só chegou de
    forma avassaladora e destrutiva nas décadas de 1960 e 1970, os anos de ditadura,
    quando o governo decidiu ocupar “o grande vazio” da Amazônia sem enxergar as
    populações que ali construíam sua humanidade. Centenas de homens, mulheres e
    crianças morreram vítima de epidemias e balas, centenas de quilômetros de rios e
    florestas foram e ainda são destruídos pelos garimpos. A grande crise que hoje nos
    envergonha já se abateu outras vezes sobre esse povo. E não são essas imagens
    de fragilidade e dor que representam o povo Yanomami. Elas revelam a ignorância,
    a ganância e a desumanidade dos nape.
    Os Yanomami são belos, fortes, sábios. Enfeitam-se de plumas e pinturas de
    urucum, cultivando roças e manejando a floresta, construindo casas monumentais
    no meio da mata com sua arquitetura fantástica. A alegria das crianças, as grandes
    cerimônias rituais, as narrativas e cantos são o legado desse povo que mantém o
    céu suspenso com suas pajelanças para o bem de todos nós.
    Nagakura-san esteve na aldeia do Demini com Ailton Krenak por duas vezes.
    Encantou-se com a sabedoria do povo, com a alegria das crianças e o profundo
    conhecimento do grande líder Davi Kopenawa Yanomami.
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    3 mins
  • 08 Apresentação Ashaninka
    Nov 8 2023
    Ashaninka
    Vale do rio Juruá – Acre e Peru
    Tempo de contato: cerca de 120 anos
    Tronco linguístico Aruak
    Aproximadamente 3 mil pessoas (no Brasil)

    O povo Ashaninka já habitava um vasto território de florestas entre o Acre e o Peru,
    no Alto Rio Juruá, muito antes de se erguerem as fronteiras dos países que se
    apossaram dessa região. As famílias que se estabeleceram ao longo dos rios do
    Alto Juruá, como o Amônia e o Breu, também sofreram, como outros povos do Acre,
    a invasão dos seringalistas no final do século XIX, começo do XX. Guerreiros
    fortalecidos em sua tradição e identidade, não se deixaram escravizar, mantendo
    sua cultura e independência, apesar de todas as investidas. A população cresceu,
    áreas depredadas por invasores foram recuperadas, os cuidados com o território
    renderam frutos, caça, peixe e muita fartura.
    Em conexão com os ensinamentos ancestrais, o sábio povo Ashaninka criou
    estratégias de enfrentamento e alianças com os não indígenas que chegaram a seu
    território. Desenvolveram parcerias, equiparam as aldeias com tecnologia de
    comunicação e monitoramento para controlar as invasões de madeireiros e outras
    ameaças à vida das pessoas e de todos os seres que ali habitam.
    Seu traje tradicional – a kushma, tecida em algodão pelas mulheres –, os colares de
    sementes e plumas cruzados no peito, o chapéu-cocar trançado com palha de
    palmeira e adornado de penas de arara dão identidade a esse povo orgulhoso e
    senhor de seus caminhos. Nos rituais da ayahuasca o povo recebe ensinamentos e
    decide seu futuro.
    Nagakura-san se encantou com esse povo alegre e confiante, com seus projetos de
    autonomia e sua música, e principalmente com a generosidade e a acolhida
    calorosa. As imagens revelam o povo em seu cotidiano.
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    2 mins
  • 07 Apresentação Yawanawá
    Nov 8 2023
    Yawanawá
    Acre – rio Gregório (também no Peru e Bolívia), município de Tarauacá
    Tempo de contato – aproximadamente 150 anos
    Tronco linguístico Pano
    Aproximadamente mil pessoas

    O povo Yawanawá é o povo da queixada. Vive às margens do rio Gregório, nas
    muitas curvas que ele faz cruzando as florestas onde antes era apenas território
    tradicional e hoje é o município de Tarauacá, no Acre.
    Os Yawanawá vivem um intenso momento de fortalecimento de sua cultura e dos
    conhecimentos tradicionais depois de passarem, do começo do século XX até os
    anos 1970, por um período de escravidão e apagamento, quando os seringalistas
    ocuparam os territórios e subjugaram as populações tradicionais do Acre.
    As casas cobertas de palha, com piso e esteios em paxiúba, palmeira de madeira
    resistente e escura, são espaços amplos e abertos para a natureza, lugar de
    convivência e aprendizado, de construção da cultura e relação com o mundo
    espiritual.
    Depois de se reconhecerem e serem reconhecidos como um povo originário,
    conquistando a demarcação de seu território, buscaram recuperar e fortalecer as
    tradições proibidas por tanto tempo. Hoje buscam divulgar sua cultura e
    espiritualidade, convidando os não indígenas a conhecerem seu modo de vida e
    participarem de suas cerimônias que reúnem jovens e anciãos de várias aldeias em
    celebrações vigorosas.
    As reclusões de iniciação espiritual envolvem dietas e ingestão de plantas de poder
    que dão os ensinamentos por meio de visões e sonhos. Os rituais de cura envolvem
    o Uni, como chamam a ayahuasca.
    Nagakura-san visitou a aldeia Yawanawá com o amigo Ailton Krenak, quando
    conviveu com o povo em dias de festa e alegria registrados em suas imagens.
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    2 mins

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