Neste episódio, Nuno e Miguel mergulham nas profundezas da ansiedade, explorando como a nossa compreensão deste estado psicológico é moldada pela cultura científica dominante.
O programa desafia a mentalidade positivista enraizada na psicologia contemporânea, levantando a possibilidade de que a interpretação dos dados científicos possa estar influenciada pelas premissas inconscientes dos próprios cientistas.
A conversa abre caminho para uma crítica ao rigor metodológico da psicologia que procura imitar as ciências naturais, questionando se este enfoque não terá deturpado a compreensão da personalidade e da subjectividade humana.
Através da lente da psicanálise, e particularmente das ideias de Bion sobre o desenvolvimento do pensamento em resposta às frustrações, é proposta uma reflexão acerca de como a ansiedade pode ser encarada como um fenómeno resultante de experiências internas ainda por processar completamente.
Convida-se o ouvinte a repensar a ansiedade, não como uma emoção a ser dominada, mas como um indicador a ser interpretado no contexto de uma vida genuína e reflexiva.
Este episódio promete uma análise perspicaz da ansiedade, desafiando ideias convencionais e desvendando como as defesas contra a frustração podem reprimir a nossa capacidade de pensar e sentir de forma plena.
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TIMELINE:
00:00 - Introdução
02:57 - Ansiedade no Discurso Comum
07:20 - Objetividade Mecanicista VS Subjetividade
11:20 - Subjetividade
17:35 - Abordagem Psicanalítica da Ansiedade
31:00 - Ansiedade Sintoma VS Ansiedade Estrutura
33:00 - Medo Vs Fobia Vs Ansieade
36:35 - Regulação da Ansiedade
39:00 - Medo de Falar Em Público
41:20 - Ansiedade Social
44:58 - Considerações Para Instrospecção
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TEXTOS CITADOS:
- Bion, W.R. (2007). Second thoughts : selected papers on psycho-analysis. London: Karnac.
- Damasio, A.R. (2005). Descartes’ error : emotion, reason and the human brain ; [includes a new preface]. New York, Ny Penguin Books.
- Lacan, J. (2005). O Seminário 10. A Angústia. RJ: Zahar.