• Necrofilia

  • Jul 15 2024
  • Length: 13 mins
  • Podcast

  • Summary

  • Existem mais de 250 parafilias descritas nos gêneros textuais médicos e a maioria é considerada “rara” ou de existência clinicamente duvidosa...


    Mesmo que assustador, até uma pessoa morta pode produzir sentimentos sexuais para certas pessoas. O velho ditado, "a morte é um irmão do sono", tem um significado aqui na medida em que um cadáver é comparado a uma pessoa dormindo.


    Os já chamados “Fetichistas do Sono”, para quem usualmente pessoas dormindo geram alguma atração sexual, parecem estar próximos, em termos práticos, aos necrofílicos. Esses indivíduos evocam fantasias e sentimentos de natureza erótica/sexual.

    A Necrofilia é das anomalias sexuais mais perturbadoras em que pode haver motivos fetichistas envolvidos, decorrentes particularmente da cor e da condição da pele, mas também de partes individuais do corpo como as mamas e os genitais.


    A este respeito, a sala de embalsamamento e o necrotério desempenham um papel a não ser ignorado. Além do fetichismo, ocasionalmente o impulso sádico parece estar envolvido em grande medida. Com alguns indivíduos há uma associação de pensamento entre morte e assassinato. Ao longo de toda a história criminal ocorreram muitos casos horríveis de pessoas exumando mulheres e meninas mortas das suas sepulturas e mutilando-as assustadoramente, cortando seus corpos, arrancando seus intestinos e cortando suas partes sexuais. Entre os mais conhecidos está o caso do sargento francês Bertrand, descrito pela primeira vez em 1849, na Union Medicale, que estava sob a responsabilidade de Krafft-Ebing. Este homem, realmente muito notável do ponto de vista sexualmente patológico, em sua juventude se masturbava sete ou oito vezes ao dia, enquanto se excitava com a concepção imaginativa de que ele estava mutilando cadáveres de meninas e que ele estava então as violando. A maioria dos necrófilos encontram sua satisfação nessas concepções puramente imaginativas.


    Bertrand, no entanto, primeiramente começou a esquartejar animais e, enquanto arrancava-lhes os intestinos, ele se masturbava. Em seguida, ele pegou cães vivos e, depois de matá-los, arrancou seus intestinos. Mais tarde ainda, ele desenterrou diferentes corpos femininos, cortando-os de uma forma aleatória, masturbando-se durante a mutilação. Segundo é relatado, Bertrand afirmou “não posso descrever o que eu sentia naquelas horas. Mas tudo o que eu gostei com uma mulher viva era nada em comparação com as mortas. Beijei as mulheres em todas as partes de seu corpo, pressionei-as contra o meu coração como se eu quisesse apertá-las em pedaços; enfim, fiz tudo com elas que um amante apaixonado pode fazer com sua amada. Com uma delas, depois de ter sustentado o seu corpo por cerca de um quarto de hora de forma quase bêbada, cortei-o em pedaços e rasguei os intestinos como eu havia feito com as outras vítimas da minha paixão”.


    Referências:

    Aggrawal, A. (2009). Forensic and Medico-legal Aspects of Sexual Crimes and Unusual Sexual Practices. Boca Raton: CRC Press.

    Hirschfeld, M. (1947). Sexual Pathology. A Study of Derangements of the Sexual Instinct. New York: Emerson Books.

    Karpman, B. (1954). The Sexual Offender and his Offenses. Washington: Julian Press.


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