Episodios

  • Aula 14 - O sujeito moderno em três romances de guerra.
    Sep 28 2024
    • Nesta décima quarta aula da disciplina de Teoria e Leitura Crítica da Narrativa, do curso de Licenciatura em Letras da UNESP (Ibilce, SJRP), faço uma breve análise de três pequenos trechos de três romances de guerra do início do século XX: "Tempestades de aço" (1920), de Ernst Jünger; "Nada de novo no front" (1929); "Viagem ao fim da noite" (1932), de Louis-Ferdinand Céline.


    • Começo a aula explicando que esses romances expressam o problema da crise da experiência no mundo moderno, sobretudo dizem muito da incompreensão que cerca a vida do sujeito no mundo moderno. Depois, abordo a diferença entre as narrativas de guerra de ex-combatentes da Primeira Guerra Mundial e as narrativas daquela que ficou conhecida como literatura de testemunho - relatos dos sobreviventes dos campos de concentração na Segunda Guerra Mundial.


    • Explico, também, sobretudo a partir de "Tempestades de aço", que, de um ponto de vista benjaminiano, não pode haver experiência onde há incompreensão, afinal, a experiência depende da cristalização das vivências, o que só pode se dar se houver um trabalho do entendimento, que seleciona o que há de significativo (compreensível) nas vivências.


    • Dedico-me a uma leitura fina dos textos, apontando suas particularidades de linguagem, seus temas, os motivos a partir dos quais eles desenvolvem seus temas, a estrutura interna dessas narrativas, os tipos de caracteres que elas criam. Também me dedico ao trabalho crítico de ligar a interpretação dos textos com o assunto das últimas aulas (a crise da experiência na narrativa moderna) e à referência crítica (Walter Benjamin).


    • Termino a aula com uma análise mais detida do romance "Viagem ao fim da noite".


    0utros textos referidos:

    1. "A montanha mágica", de Thomas Mann.



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    1 h y 56 m
  • Aula 13 - A personagem moderna: o herói perdido
    Sep 25 2024
    • Nesta décima terceira aula da disciplina de Teoria e Leitura Crítica da Narrativa, do curso de Licenciatura em Letras da UNESP (Ibilce, SJRP), trato de alguns exemplos literários ("Nada de novo no front", "Tempestades de aço", "O gato preto") que nos permitem compreender a idéia de crise da experiência e por que isso é importante para a narrativa moderna. Discuto o modo como o herói da narrativa moderna, a partir do século XIX, apresenta-se, quase sempre, como uma figura completamente perdida, no sentido de que eles não encontram uma ancoragem segura no mundo. Ex: a obstinação guerreira de Aquiles representa, para ele, o sentido integral de sua vida. É o universo do conflito que dá sentido existencial à sua vida. Do mesmo modo que o retorno ao lar é a significação última de sua vida.
    • Aquiles e Odisseu são personagens pouco inclinados à metafísica, essa forma de pensamento que faz com que busquemos sentidos para a vida, as coisas, as experiências, essa necessidade de nos interrogamos sobre quem somos - nós, sujeitos representativo dessa vida moderna que já não encontra sentidos em si mesma.
    • Abordo o fato de que a crise da experiência, na narrativa moderna, é o resultado do desencaixe do indivíduo em face de realidade, da ideia incômoda, angustiante, de desvinculação entre o sujeito e o mundo que a narrativa moderna explora. Aponto de que modo "O gato preto", de Poe, ilustra muito bem a ideia de que falta à vida moderna uma substancialidade reconhecível, logo, o sujeito moderno é este que, tal qual o narrador do conto, justifica-se. O homem moderno, diante de uma vida esvaziada de sentido, torna-se o sujeito da justificação - ele não se afirma, explica-se, não é consequente, desculpa-se.
    • Na última parte da aula, discuto de que modo a ambiguidade é uma característica marcante do homem moderno e como, na narrativa moderna, a ambiguidade de caráter das personagens está diretamente associada à natureza fortuita dos encontros e dos acontecimentos que cercam a vida. Discuto essa questão a partir do conto de Machado de Assis, "A causa secreta".
    • Finalizo a aula com uma breve discussão sobre a construção da personagem de ficção









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    1 h y 51 m
  • Aula 12 - A crise da experiência no mundo moderno
    Sep 19 2024
    • Nesta décima segunda aula da disciplina de Teoria e Leitura Crítica da Narrativa, do curso de Licenciatura em Letras da UNESP (Ibilce, SJRP), continuo refletindo, a partir de Walter Benjamin, sobre a diferença entre a narrativa clássica, baseada na tradição oral e na ideia de experiência como sabedoria transmissível de geração para geração, e a narrativa moderna, fundada na escrita e na experiência solitária da leitura.


    • Trato dos romances de guerra e abordo essas narrativas como emblemáticas da crise da experiência no mundo moderno, considerando que nada é mais brutal e gratuitamente sem sentido do que a barbárie que está nos fundamentos da guerra.


    • Aponto as diferenças entre mundo comunitário (narrativa clássica) e mundo social (narrativa moderna). Do mesmo modo, discuto a ideia de sabedoria como pressuposto da vida comum, cujo sentido emana das própias ações do homem no mundo, diferentemente da realidade moderna, na qual o sentido da vida é uma construção do pensamento.
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    1 h y 41 m
  • Aula 11 - Experiência e narrativa. Odisseu como o primeiro contador de histórias.
    Sep 11 2024
    • Nesta décima primeira aula da disciplina de Teoria e Leitura Crítica da Narrativa, do curso de Licenciatura em Letras da UNESP (Ibilce, SJRP), penso, a partir de Walter Benjamin, sobre a relação entre a experiência, nas narrativas tradicionais, como uma forma de sabedoria prática para a vida, marcada por seu caráter de exemplaridade e, consequentemente, pelo modo como pode ser partilhada.


    • Trato, igualmente, da ideia benjaminiana de "desmoralização da experiência" no mundo moderno. Tal desmoralização se manifestaria de quatro modos mais ou menos conectados, a saber: 1. "pela experiência estratégica pela guerra de trincheiras"; 2. pela "experiência econômica pela inflação"; 3. pela "experiência do corpo pela fome" e 4. pela "experiência moral pelos governantes". Ainda usando a guerra como exemplo (ver Aula 10), explico a relação entre essas quatro formas de degradação da experiência e a narrativa.


    • Explico a diferença entre o contador de histórias (e seus dois tipos) e o narrador a partir do modo como o primeiro está para as narrativas orais (ligadas ao passado e à tradição de usar as histórias como veículos de comunicação de exemplos, princípios, ações, valores etc derivados da observação e da experiência concreta da vida), bem como o segundo está para a escrita (ou seja, aquelas narrativas que expressam a realidade moderna - industrial e berguesa - cuja característica ideológica marcante envolve a sensação cada vez mais acentuada de isolamento e desconexão do homem com o mundo).


    • Por fim, concluo a aula explicando por que Odisseu pode ser considerado o primeiro contador de histórias.


    • Outras referências mencionadas:

    1. Walter Benjamin. "Experiência e pobreza" e "O narrador"

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    1 h y 27 m
  • Aula 10 - Mundo heróico e mundo moderno, comunidade e sociedade, vivência e experiência
    Sep 4 2024
    • Nesta décima aula da disciplina de Teoria e Leitura Crítica da Narrativa, do curso de Licenciatura em Letras da UNESP (Ibilce, SJRP), trato das relações entre mundo heróico (o mundo das narrativas clássicas homéricas) e mundo moderno. A partir da análise do episódio de Glauco e Diomedes ("Ilíada", Canto VI, vs 1-236), considerando o modo como eles se encontram em meio à batalha, se reconhecem, descobrem que estão ligados, a partir de seus ancestrais, por laços de hospitalidade e desistem, por isso, de se enfrentar, discuto a diferença entre honradez, valores e tradições no mundo heróico de Homero e no mundo moderno, pois que, neste, já não há lugar para sentidos estáveis, destinos seguros e ações caracterizadas pela nobreza e pela distinção dos grandes gestos.
    • Desse modo, penso as relações entre Comunidade - forma de vida social característica do mundo heróico - e Sociedade - forma de vida social típica do mundo moderno. Assim, na Comunidade, temos uma organização social cujas relações entre os homens estão baseadas numa vivência comum, em interesses e tradições partilhados, bem como em valores homogênos. Na Sociedade, por sua vez, predomina uma forma de organização social cujas relações entre os homens são mediadas pelas instituições e que estão fundadas em grandes diferenças, nascidas, principalmente, de uma multiplicidade de interesses dispares, porque resultados de um processo de individuação que encapsula os sujeitos em suas próprias vontades.
    • Concluo a aula com um longo comentário, baseado nas ideias de Walter Benjamin, sobre o problema da experiência no mundo dássico e no mundo moderno. Distingo Erlebnis (vivência) de Erfahrung (experiência), explico como Benjamin compreende estes fenômenos e comento a clássica abertura de seu ensaio "Experiência e pobreza", de 1933, no qual ele apresenta a importância de contar histórias como uma forma de fixar e transmitir experiências.
    • Trato da degradação da experiência como forma de sabedoria da e para a vida, no mundo moderno, considerando o modo como já não parecemos disponíveis nem a ouvir nem a reconhecer uma autoridade qualquer advinda da tradição. Exemplifico esse problema com una breve discussão sobre "O gato preto", de Edgar A. Poe.


    • Outras referências mencionadas:

    1. Walter Benjamin. "Experiência e pobreza".

    2. Jeane-Marie Gagnebin. Entrevista ao portal "E. M. Cioran Brasil".



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    1 h y 53 m
  • Aula 09 - Odisseu, o herói solitário. Aquiles e Odisseu, temeridade e astúcia
    Sep 3 2024
    • Nesta nona aula da disciplina de Teoria e Leitura Crítica da Narrativa, do curso de Licenciatura em Letras da UNESP (Ibilce, SJRP), penso em como a "Odisseia" já representa uma narrativa focada na experiência singular de um herói pessoal (Odisseu), em sua jornada de regresso à casa, bem como apresenta a vida doméstica da nobreza homérica (Werner Jaeger), ao contrário da "Ilíada", na qual o protagonista (Aquiles) mal se diferencia da experiência e valores da comunidade a qual pertence.
    • Reflito, também, a partir da pergunta de uma aluna, sobre a relação entre predestinação, facticidade, destino e vontade na epopeia clássica e na variativa moderna. A questão colocada foi: "é possível, na narrativa moderna, explorar o motivo de predestinação de um modo que não envolva o elemento místico?" Procuro responder comentando, brevemente, como "O gato preto", de Edgar A. Poe, e "A cartomante", de Machado de Asses, lidam, em chave irônica, com a ideia de destino trágico, elaborando, respectivamente, a inevitabilidade e a previsibilidade do destino individual como elemento central de suas narrativas.
    • Ainda a partir de uma questão levantada por uma aluna, diferencio, brevemente, a predestinação do herói clássico, preso na rede trágica do destino, e o determinismo, social e econômico, sobretudo, como fundamento das relações, desejos e ações das personagens em certas narrativas modernas. Do mesmo modo, busco esclarecer que nem todo determinismo implica num anel de ferro inevitável para as personagens, além de que a predestinação depende da dimensão mística, ao passo que o determinismo moderno é materialista.
    • Ilustro a discussão sobre o determinismo a partir de um exemplo apontado por um aluno: o romance "1984", de George Orwell.
    • Por fim, analiso Odisseu como símbolo da curiosidade humana e esta como vontade de saber, isto é, o núcleo de nossa aspiração ao conhecimento. Explico como, de acordo com Jean-Pierre Vernant, em "O universo, os deuses, os homens", Odisseu foi empurrado para o "Oikoúmenos", os limites do mundo não humano, não civilizado, desconhecido, e como Odissen se dispõe a aprender com esse novo mundo, inclusive temerariamente, arriscando a si e sua tripulação nesse processo.


    • 0utras referências mencionadas:

    1. Edison Banani Jr. "O labirinto de Dédalos. A ideia de mundo como horizonte da existência".

    2. Richard P. Martin. "Apresentação". (à tradução da "Odisseia", de Christian Werner, publicada pela Cosac Naify).


    • Errata: quando me refiro ao contramestre e segundo em comando de Odisseu, chamo-o de Antíloco, um erro, claro, já que este era, na "Ilíada", o filho de Nestor, rei de Pilos, e morreu defendendo o pai durante uma retirada da batalha. 0 ajudante de Odisseu é Euríloco, conselheiro duvidoso e um dos responsáveis por fazê-los aportar na ilha de Hélios e sofres a desastrosa consequência de matarem seus bois.
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    1 h y 46 m
  • Aula 08 - A Odisseia e o nostos (o retorno ao lar): Timé (honra), mar e excelência..
    Aug 28 2024
    • Nesta oitava aula da disciplina de Teoria e Leitura Crítica da Narrativa, do curso de Licenciatura em Letras da UNESP (Ibilce, SJRP), continuo a análise da "Ilíada", mas agora incorporando vários comentários e comparações com a "Odisseia", de Homero. Dedico-me a comparar, de um ponto de vista simbólico, o caráter de Aquiles (baseado na força, na destreza, na potência física, na beleza erótica do corpo, na habilidade guerreira e na inclinação ao risco) e o de Odisseu (fundado no engenho, na astúcia, no domínio do logos, no conhecimento racional, no estratagema e na curiosidade aventureira, descobridora). Mostro, também, que, de acordo com Bárbara Graziosi, em seu livro "Homero", há uma "incompatibilidade profunda, mitológica" (p. 85) entre Aquiles e Odisseu, já que "Aquiles precisa escolher entre a glória e um retorno seguro para casa, como ele mesmo observa para Odisseu, enquanto Odisseu notoriamente consegue garantir as duas coisas" (p. 85).
    • Considero a Timé (a honra) e como é difícil conquistá-la e fácil perdê-la, embora, seja num mundo em guerra ("Iliada") ou já assinalado pela paz ("Odisseia"), ela continua sendo o valor referencial e o elemento catalisador de todos os comportamentos e ações orientados pelo respeito às tradições, como a descendência, os ritos funerários, o culto e o sacrifício aos deuses, a hospitalidade etc.
    • Interpreto, também, a ideia do "nostos" grego, ou seja, o longo retorno para casa feito pelo mar, que é o assunto central da Odisseia, e como a narrativa homérica legou à literatura ocidental um de seus principais tropos - o da jornada, entendido literalmente, como a viagem de deslocamento, e metaforicamente, como o périplo existencial, a própria busca por sentidos para a vida.
    • Comparo, brevemente, a saída da guerra, por parte de Aquiles, e o modo como ele cede suas armas para Pátroclo com a deposição das armas, de Riobaldo, e o modo como "Grande Sertão: Veredas" também principia com o herói cedendo suas armas, retirado da guerra - Riobaldo como um misto de Aquiles e Odisseu, mas vivendo uma velhice sem glória, dada a confessa covardia que o perseguiu, obstinadamente, como a ira a Aquiles, ao longo da vida.
    • Por fim, concluo com duas observações: 1. uma reflexão sobre a própria natureza da democracia grega e do governo dos aristocratas (os "aristoi", os melhores, os primeiros), observada por um apontamento feito por Edison Bariano Jr.); 2. a diferença fundamental entre a "Ilíada" e a "Odisseia": a primeira, uma narrativa trágica, na qual os destinos não só estão determinados como tendem, quase sem exceção, à catástrofe; a segunda, ao contrário, caracterizada pelas adversidades, termina num final feliz, com a plena realização do heroi e sua reintegração ao "oikós", ao espaço familiar.
    • 0utras referências mencionadas:

    1. Bárbara Graziosi. "Homero".

    2. Peter Levi. "A civilização grega".

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    1 h y 37 m
  • Aula 07 - Comunidade, hospitalidade e areté (excelência) na Ilíada e Odisseia
    Aug 27 2024
    • Nesta sétima aula da disciplina de Teoria e Leitura Crítica da Narrativa, do curso de Licenciatura em Letras da UNESP (Ibilce, SJRP), continuo a análise da "Ilíada", mas agora incorporando vários comentários e comparações com a "Odisseia", de Homero, me dedicando a interpretar a diferença fundamental entre as duas narrativas do ponto de vista da atmosfera: coletiva, na "Ilíada", ou seja, apesar de seu protagonista, Aquiles, ser o principal herói da história, essa atmosfera está ligada e é constituída, assim com o próprio herói e sua busca, pela comunidade e pelos valores e tradições públicas, partilhados entre todos, que também irmana e familiariza, inclusive os adversários (ver Canto VI, vs 1-236 - o episódio do reconhecimente, da familiaridade e do respeito mútuo entre Glauco e Diomedes, troiano e grego); atmosfera já individual e estreitamente personalizada, apesar dos valores e tradições comunitárias ainda estarem fortemente presentes, como a hospitalidade oferecia ao estrangeiro (ver Canto VIII - no qual Odisseu é recebido como hóspede pelos Feácios), na "Odisseia". Aqui, a narrativa preserva a importância dos valores comunitários, mas já não figura um herói coletivo, como na "Ilíada", no qual Aquiles e Heitor funcionam como a síntese da nobreza cavaleiresca, militar e heróica de todos os gregos e troianos.
    • Valendo-me dessa discussão, aproveito para apontar, a partir dos dois poemas, mais um aspecto importante (uma das categorias) da construção interna da narrativa: o foco narrativo (ou focalização), também chamado por Norman Friedman de ponto de vista. Destaco que é justo pensar que o ponto de vista na "Ilíada", a perspectiva a partir da qual o narrador narra, é o da onisciência múltipla, ou seja, ele conhece a totalidade dos acontecimentos e escolhe narrá-los a partir da perspectiva e da história de diferentes personagens. Ver, por exemplo, as "aristeias" ou aristias - onde se narram os melhores momentos (aristos = melhor, que também esta em aristocracia, o governo dos melhores, e que vem de areté, isto é, a excelência, a distinção honrada), os momentos dos herois durante as batalhas. Assim, temos a anistia de Aquiles, Heitor, Menelau, Agamêmnon, Pátroclo, Diomedes, entre outros. Já na "Odisseia", o narrador homérico circunscreve sua narrativa ao ponto de vista de seu heroi e protagonista único: Odisseu. Esse ponto de vista só muda no início do poema, na "Telemaquia", quando nos são dados a conhecer os feitos de Telêmaco, o jovem filho de Odisseu que, instado por Atena, se lança ao mar em busca do pai, mas a maior parte do enredo acompanha proximamente o ponto de vista de Odisseu e ele mesmo se converterá no narrador de sua história e desventuras do Canto V ao XII.
    • Comento, ainda, o ideal que norteia essa nobreza heróica, a areté, que se pode traduzir como excelência. O que motiva os heróis é a busca pela excelência, pela distinção que advém de suas ações, mas também da honradez de seus comportamentos, e de elementos casuais, como a beleza, e outros alcançados pelo esforço, como a destreza militar, o preparo físico, a beleza e potência do corpo etc. Concluo apontando que a areté depende dos feitos do herói, mas o reconhecimento, que dela advém, é sempre público, isto é, resultado da distinção que os outros nos concede.
    • 0utras referências mencionadas:
    1. Jean-Pierre Vernant. "O universo, os deuses, os homens".
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    1 h y 46 m